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Caiado comenta decisão que o torna inelegível: "Acredito na Justiça"

Governador de Goiás fala sobre processo e mantém confiança em instâncias superiores para reverter decisão do TRE-GO

Governador Ronaldo Caiado em coletiva de imprensa, após ser declarado inelegível por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024 (Foto: Meyrithania Michelly) Governador Ronaldo Caiado em coletiva de imprensa, após ser declarado inelegível por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024 (Foto: Meyrithania Michelly)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se pronunciou nesta terça-feira (11) sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) que o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024. Durante entrevista coletiva, Caiado afirmou que respeita o processo judicial, mas mantém a confiança de que a decisão será revista nas instâncias superiores.

"É verdade que jamais pratiquei um ilícito moral, eleitoral que possa desabonar a minha trajetória de vida", disse o governador, logo no início da coletiva, enfatizando sua crença na Justiça. Ele continuou: "Eu sou um homem que acredita na justiça. Durante todo o meu período eleitoral, eu tive a campanha com cuidado absoluto. Ora, todas as reuniões políticas, federativas, candidatos, todas elas foram na Acieg (Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás), na sede União Brasil", afirmou, destacando que as reuniões de sua campanha ocorreram de forma institucional e sem ilegalidades.

Caiado também comentou sobre o contexto da reunião que foi alvo da ação, realizada no Palácio das Esmeraldas com vereadores eleitos de Goiânia, que segundo a sentença do TRE-GO, teria sido usada para fins eleitorais. O governador explicou que a reunião teve como objetivo discutir problemas na área da saúde e da educação em Goiânia, que, segundo ele, passavam por sérios problemas, como a falta de estrutura e colapso no atendimento.

"Eu reuni vereadores de uma reunião institucional de poder, eu como orador, vereadores eleitos e supremos, para tratar de um assunto que era extremamente delicado naquele momento, porque a discussão já existia diante do colapso da máquina do governo", afirmou Caiado. "A reunião existiu, não foi uma reunião com o intuito de fazer campanha eleitoral, mas foi uma reunião com o intuito de buscar a solução para a realidade que Goiânia vive."

Ao ser questionado sobre a comparação entre sua reunião e outras promovidas por políticos em anos anteriores, Caiado citou outros presidentes e governadores que também utilizaram residências oficiais para reuniões políticas, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o governador, a decisão judicial não pode ser tratada de forma isolada, e é necessário ter um parâmetro mais amplo para avaliar o uso de espaços oficiais para reuniões políticas.

"Eu sou muito tranquilo em dizer a todos vocês que sempre foi o meu instinto. Nunca me afastei de qualquer momento difícil. Eu não mando porta-voz, eu não escrevo notas do governo. Eu sou direto", declarou Caiado. Ele também se referiu à decisão judicial de forma respeitosa, afirmando que "meus advogados já apresentaram recursos e, como tal, essa matéria será revista".

Além de comentar sobre a situação processual, o governador aproveitou a oportunidade para falar sobre seus planos políticos. Caiado anunciou que, apesar da decisão, seguirá com sua pré-candidatura à presidência da República, que será lançada em março de 2024. Ele afirmou que a decisão do TRE-GO não muda seus planos: "Em março, lançarei minha campanha em Salvador e estarei atuando em eventos nacionais, debatendo o Brasil e os temas que são importantes para o país", declarou.

Sobre a possibilidade de mudança de planos em função da inelegibilidade, o governador garantiu que isso não afetará sua trajetória política: "Tenho cinco mandatos na Corte Federal, um mandato de senador, e agora o meu segundo mandato de governador. Não me preocupo com essa decisão, tenho a certeza de que a Justiça será feita", disse Caiado, mostrando confiança nas instâncias superiores.

Caiado também reforçou sua decisão de continuar no cargo até o fim de seu mandato, em 2026, destacando sua gestão e os altos índices de aprovação que vem alcançando. "Tenho 84,3% de aprovação no Estado de Goiás, e essa é a maior resposta que posso dar a todo o povo goiano", afirmou. Ele também ressaltou que, apesar das dificuldades, seguirá trabalhando até o final de seu governo, entregando a gestão ao vice-governador Daniel Vilella.

Ao final da coletiva, o governador fez questão de frisar que, independentemente das decisões judiciais, continuará comprometido com sua missão de governar Goiás e atuar pelo desenvolvimento do Estado e do Brasil. "Eu aprendi na minha vida a ser coerente, determinado e capaz de melhorar. A população pode contar comigo até o final do meu mandato", concluiu.

A decisão do TRE-GO, que também afetou a eleição do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, ainda poderá ser analisada pelas instâncias superiores, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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