A deputada Carla Zambelli (PL) é acusada por Walter Delgatti Netto, conhecido como hacker da Vaza Jato, de pedir que ele invadisse as urnas eletrônicas ou, caso fosse impossível, que acessasse a conta de e-mail e o telefone do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A informação foi revelada pela colunista do g1, Andreia Sadi.
Conforme relatado pelo hacker à Polícia Federal, o pedido foi feito durante um encontro entre ele e Zambelli em setembro de 2022, quando as pesquisas de intenção de voto para presidente indicavam uma vantagem de Lula (PT) em relação a Bolsonaro (PL).
Delgatti afirmou que não obteve sucesso ao tentar acessar o sistema das urnas eletrônicas nem o telefone de Alexandre de Moraes. Em 2019, ele teve acesso ao e-mail do ministro, porém não encontrou qualquer informação que o comprometesse.
O hacker foi preso em julho de 2019, em uma operação que desfez uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos", conforme informou a Polícia Civil. Posteriormente, ele foi liberado, mas em junho deste ano foi detido novamente por descumprir decisões judiciais.
Delgatti, além de ter um grande acesso a informações, Delgatti era responsável pela gestão do site e das redes sociais da deputada Carla Zambelli.
Após ser detido novamente, ele prestou depoimento em um inquérito que investiga a invasão do sistema de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça, além da inserção de ordem de prisão atribuída a Alexandre de Moraes.