Política

Cid afirma ter repassado quase R$ 400 mil a Bolsonaro em esquema das joias

Redação DM

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 17:54 | Atualizado há 2 meses

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, revelou em delação premiada à Polícia Federal que ele e seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, repassaram um total de US$ 78 mil (cerca de R$ 390 mil) ao ex-presidente. O dinheiro teria sido obtido por meio da venda de joias nos Estados Unidos, conforme apurado na investigação sobre o caso.

Segundo Mauro Cid, os valores foram entregues a Bolsonaro em quatro repasses distintos. A Polícia Federal investiga se o ex-presidente utilizou o montante para fins pessoais ou políticos, bem como a legalidade da transação.

O caso das joias começou a ser investigado em março de 2023, quando veio à tona que itens de luxo provenientes da Arábia Saudita teriam sido enviados ao Brasil para o ex-presidente e seus aliados. As peças foram posteriormente vendidas nos Estados Unidos, levantando suspeitas sobre um possível esquema de enriquecimento ilícito e ocultação de patrimônio.

Além do repasse financeiro, a delação de Mauro Cid também revelou que assessores presidenciais usavam uma sala no Palácio do Planalto para produzir conteúdos políticos, que incluíam ataques a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF). Essas informações reforçam as investigações em curso sobre a conduta do governo Bolsonaro e o uso da máquina pública para disseminação de mensagens estratégicas.

A Polícia Federal continua apurando o caso e pode aprofundar as investigações sobre o destino do dinheiro, a responsabilidade dos envolvidos e possíveis crimes financeiros relacionados à venda das joias e ao repasse dos valores ao ex-presidente.

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