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Em entrevista à Folha de S.Paulo, o repórter-cinematográfico Marcos Andrade, de 49 anos, relata a pressão que sofreu, pela equipe de Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que ele apagasse imagens do tiroteio em Paraisópolis, ocorrido no dia 17.
Ele foi o único a flagrar pessoas à paisana atirando após rajadas supostamente disparadas por criminosos e recebeu uma ordem para apagar imagens em que membros da equipe aparecem. O caso foi revelado pela Folha, e segundo o profissional, a equipe de Tarcísio pediu o desligamento dele da Jovem Pan.
A campanha de Tarcísio negou qualquer pressão para que o cinegrafista fosse demitido. “No dia do ocorrido, inclusive, ele fez um vídeo emocionado dentro da van, agradecendo o Tarcísio por tê-lo tirado do local do tiroteio. No dia seguinte, na chegada a uma sabatina da Jovem Pan, o próprio cinegrafista fez questão de receber e agradecer Tarcísio mais uma vez, além de tirar fotos e dizer que toda a família estava muita agradecida pelo que havia sido feito por ele”, diz a equipe do candidato em nota.
Em nota, a Jovem Pan disse que exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio. “O trabalho do cinegrafista permitiu que a emissora fosse a primeira a noticiar o ocorrido no local. Não houve contato da campanha do candidato Tarcísio com a direção da emissora com o intuito de restringir a exibição das imagens e, por consequência, o trabalho jornalístico.”
