O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta terça-feira, 12, uma representação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após ter xingado e ameaçado agredir o deputado Marcon (PT-RS) durante uma discussão na Casa em abril deste ano.
Na ocasião, o petista afirmou que a facada sofrida por Bolsonaro na campanha de 2018 foi "fake". O filho do ex-presidente reagiu: "Olha o que este veado está falando aqui! Não houve sangue? Desde quando a faca foi fake? Vocês tentaram matar o meu pai e agora querem me tirar do sério. Te enfio a mão na cara e perco o mandato com dignidade, seu filho da puta."
O relator do processo, deputado Josenildo (PDT-AP), afirmou que Eduardo Bolsonaro agiu no "calor da emoção". A representação foi arquivada por 12 votos a um. O único contrário foi o deputado Chico Alencar (PSol).
Acusado pela oposição de quebrar o decoro parlamentar, Eduardo não esteve presente na sessão.
Estavam previstos na pauta desta terça-feira do Conselho de Ética outros cinco casos, que têm como alvos deputados de esquerda: Sâmia Bomfim (PSol-SP), Célia Xakriabá (Psol-MG) e Talíria Petrone (PSol-RJ), Erika kokay (PT-DF) e Fernanda Melchionna (Psol-RS). Todos esses casos foram protocolados pelo Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, depois de as parlamentares chamarem de "assassinos" os deputados que votaram a favor do Marco Temporal.
Dois desses casos, contra Talíria Petrone e Erika Kokay, foram arquivados. O restante ficou para a próxima sessão.