A mesa diretoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, colocou em xeque a veracidade do atestado apresentado pelo ex-chefe do departamento de operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Coronel Jorge Eduardo Naime. Ele teria apresentado um atestado assinado por um psiquiatra particular como justificativa para seu não comparecimento a sessão onde deverá prestar depoimento.
De acordo com as orientações da mesa diretora, Naime deverá ser avaliado pela junta médica do Senado, para comprovar as informações atestadas. No documento entregue a CPMI, há a alegação que o Coronel sofreria de transtorno misto de ansiedade, transtorno de adaptação e depressão, porém, os efeitos suspensivos oriundos do relatório clínico poderiam ser revertidos.
O atestado médico foi entregue a CPMI no mesmo dia em que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes determinou que Naime comparecesse à Comissão para prestar depoimento, cumprimento o dever de constitucional de não faltar com a verdade, fato que deve ser cumprido por aqueles que serão ouvidos na condição de testemunhas.
A Sessão está prevista para ocorrer às 14 horas desta segunda-feira. Segundo a secretaria da CPMI, a reavaliação ocorrerá para que os trabalhos da comissão não sejam prejudicados pela apresentação de atestados médicos. Como o coronel também figura na CPMI como investigado, ele também tem em seu benefício o direito de não produzir provas contra si, podendo permanecer em silêncio em determinados momentos.