O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), Tenente-Coronel Mauro Cid, apresentará detalhes sobre a estreita relação de Bolsonaro com veículos de comunicação que mantinham sua linha editorial aliada aos ideais defendidos pelo governo. Os informação serão entregues no âmbito do acordo de colaboração premiada que foi homologado no último final de semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Mores foi o responsável pelo parecer favorável à delação.
Cid promete entregar provas que apontam como Bolsonaro mantinha relação que privilegiava a Jovem Pan, rádio brasileira que possuía em seu quadro funcionários, jornalistas, apresentadores e comentaristas declaradamente apoiadores do ex-mandatário do executivo nacional. O canal em tela, foi um dos que recebeu verbas governamentais para publicidade, o montante chegou a ultrapassar à cifra dos R$ 18 milhões de reais.
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Os valores recebidos não compreendem os contratos de publicidade com bancos e outras empresas estatais. Estes dados apontam que no último ano a Jovem Pan foi a 12ª empresa que mais recebeu verbas para publicidade do anterior Governo Federal.
De acordo com Mauro Cid, ele, pessoalmente mantinha contato direto com repórteres e demais funcionários da emissora para orientar e alinhar como deveriam conduzir o discurso sobre as pautas do então Governo Federal. O tenente-coronel afirma que as entrevistas concedidas por Bolsonaro, em especial durante a exibição do programa “Pânico” fazia parte do direcionamento entregue.
A estratégia da defesa de Cid é comprovar que o ex-ajudante de ordens tinha conhecimento sobre todos os fatos que aconteciam no entorno do então presidente da república, o que incluiria a divulgação de informações falsas em veículos de comunicação alternativos e seu amplo financiamento.