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"Ele sabe que fez todas as bobagens que está sendo acusado", afirma Lula sobre Bolsonaro

Presidente critica estratégia de defesa de Bolsonaro e descarta prioridade para anistia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar sobre o pedido de anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro durante sua última agenda na Ásia. Em conversa com a imprensa, Lula criticou a condução do caso pela defesa de Bolsonaro e afirmou que o ex-mandatário evita se defender.

"É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro eles vão absolver o cidadão, que se absolver não tem anistia. Mas eles já estão tratando como se ele fosse culpado", declarou. "Ele não está querendo nem se defender porque ele sabe, no subconsciente dele, que ele fez todas as bobagens que está sendo acusado".

O chefe do Executivo ressaltou que a questão da anistia não é prioritária e afirmou não ter discutido o tema com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), que o acompanham na viagem.

"Você acha que eu iria convidar o presidente da Câmara e o presidente do Senado para discutir, a 11 mil metros de altura, problemas que eu posso discutir em terra, na minha casa, na casa deles, no Senado ou na Presidência da República?", questionou. "Eu tenho certeza que a anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando".

Lula afirmou ainda que, nos próximos dias, conversará com os líderes do Congresso sobre as pautas em andamento.

A declaração foi feita após o encerramento do Seminário Empresarial Brasil-Vietnã, onde o presidente reforçou a intenção de ampliar a parceria comercial entre os dois países.

Bolsonaro vira réu

Na última quarta-feira (26), o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados tornaram-se réus sob a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão foi tomada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que identificou indícios de crimes na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A denúncia, que soma mais de 300 páginas, aponta que Bolsonaro e seus aliados integravam o "núcleo crucial" de uma organização criminosa que teria como objetivo a subversão da ordem democrática.

Bolsonaro nega as acusações e, após a decisão do STF, voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e o sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente também tem defendido publicamente um projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O projeto, no entanto, não avançou no Congresso. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já declarou que essa não é uma "pauta das ruas", indicando que não pretende dar andamento ao tema.

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