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POLÍTICA

Em tratamento, Lula retoma a agenda de contatos políticos

Presidente deve concluir nos próximos dias a medicação de tratamento da broncopneumonia e voltará nesta quarta-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve concluir nos próximos dias a medicação de tratamento da broncopneumonia e voltará nesta quarta-feira, 29, a despachar no Palácio do Planalto. Lula tem despachado desde a semana passada no Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência.

Segundo o ministro de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), a agenda do presidente será retomada integralmente a partir de amanhã, ou seja, não haverá redução da carga de compromissos para acomodar o trabalho e a recuperação da doença.

Ainda segundo a Secom, Lula despachou na manhã desta terça-feira, 28, mas ainda não definiu uma nova data para realizar a viagem oficial à China. Na última segunda-feira, 27, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, visitou o presidente no Alvorada. Ele, que é ex-chanceler, colabora com o Ministério das Relações Exteriores na construção de agendas internacionais.

Lula tem tido reuniões constantes com os ministros em sua residência desde que foi diagnosticado com a doença. Nesta terça, ele reuniu os titulares e secretários executivos da Previdência, da Fazenda, da Casa Civil, do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Relações Institucionais para arbitrar sobre o impasse entorno da taxa de juros do crédito consignado.

Impasse das MPs

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não concorda com a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de haver mais deputados que senadores nas comissões mistas criadas para analisar medidas provisórias.

O argumento de Lira é de que a Câmara deveria contar com mais representantes nos colegiados por abrigar 513 parlamentares, ante 81 do Senado. Pacheco, no entanto, rejeita a argumentação. “Nas comissões mistas, a paridade de 12 senadores e 12 deputados existe há mais de duas décadas e funciona assim. A paridade não é quantitativa, mas qualitativa, com peso igual entre as Casas”, afirmou nesta terça-feira 28. “Tanto que quando 513 deputados aprovam um projeto de lei e o mandam para o Senado, 41 senadores podem rejeitá-lo. E vice-versa.”

Pacheco e Lira se reuniram no final da manhã desta terça, em Brasília. O senador levará as ponderações do deputado a uma agenda com os líderes da Casa Alta, inicialmente marcada para quinta-feira. Existe, porém, a possibilidade de o encontro ser antecipado para quarta.

Segundo Pacheco, a conversa com Lira foi “muito cordial” e “equilibrada”, embora haja uma clara discordância. “Eu sempre avaliei essa composição desequilibrada de mais deputados e menos senadores em uma comissão mista com muita reserva”, reforçou o senador. “Já falei publicamente das dificuldades havidas em razão da natureza da paridade.”

Enquanto não há uma solução para o impasse no Parlamento, as MPs enviadas pelo presidente Lula (PT) estão paralisadas. Entre as medidas pendentes de análise estão matérias fundamentais para o funcionamento do governo, como a que estrutura os ministérios e as que recriam programas como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos.

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