O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonchine, participou de uma cerimônia na Câmara dos Deputados em 8 de outubro de 2024, para homenagear as vítimas do ataque terrorista do Hamas, que ocorreu um ano antes. Durante o evento, organizado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Israel, Zonchine expressou que o "dia terrível" do ataque ainda não havia terminado. Ele destacou a dor contínua e a insegurança que o ataque trouxe à população israelense, afirmando que a sensação de segurança foi severamente abalada.
Zonchine enfatizou que, além das 1.200 vidas perdidas, Israel também perdeu a confiança em seus vizinhos e na natureza humana. "Ainda há 101 reféns com o Hamas e batalhas em curso", disse ele, refletindo sobre a complexidade e as consequências do conflito que se estende para além das fronteiras israelenses.O embaixador pediu apoio do Brasil e da comunidade internacional para ajudar na recuperação e na busca pela paz na região. A cerimônia contou com a presença de Cristiane Lopes e outros parlamentares, incluindo figuras da oposição ao governo brasileiro, como Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis.
A ausência de representantes do governo foi notada e questionada por alguns presentes. Célia Parnes, secretária-geral da Confederação Israelita do Brasil (Conib), afirmou que o evento não tinha uma finalidade política.Zonchine também expressou sua expectativa de que o governo brasileiro colabore na libertação dos reféns israelenses. O governo brasileiro, por sua vez, condenou os ataques do Hamas e também as ações militares israelenses em áreas civis da Faixa de Gaza e do Líbano. Recentemente, um segundo voo de brasileiros foi enviado para resgatar cidadãos em cidades libanesas.
Daniel Zonchine concluiu seu discurso pedindo solidariedade e ação da comunidade internacional para enfrentar o terrorismo e garantir a segurança de todos. Essa cerimônia não apenas lembrou as vítimas do ataque terrorista, mas também levantou questões sobre a resposta política do Brasil ao conflito em curso entre Israel e grupos armados na região. A situação continua a ser uma fonte de tensão nas relações internacionais, refletindo as complexidades históricas e políticas entre os envolvidos