Um recente relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu uma quantia impressionante de R$ 17,1 milhões via Pix, provenientes de 769 mil transações realizadas entre janeiro e julho deste ano. A arrecadação ocorreu durante uma campanha de doações liderada por deputados e influenciadores bolsonaristas, que alegavam que o político era vítima de "assédio judicial" e precisava de ajuda para pagar o que chamaram de "diversas multas em processos absurdos".
Apesar do montante arrecadado ser significativo, totalizando quase a totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023, que foi de R$ 18.498.532, as multas que o ex-presidente possui com o Estado de São Paulo, no valor de mais de R$ 1 milhão, continuam em aberto. O registro de débitos inscritos na dívida ativa paulista revela que Bolsonaro possui sete multas na Secretaria de Saúde do Estado e está sujeito a ações de execução fiscal movidas pela fazenda pública, que resultaram no bloqueio de R$ 824.295,60 em imóveis e ativos financeiros.
Segundo a defesa de Bolsonaro, o recebimento dos R$ 17,1 milhões é lícito e se originou de milhares de doações realizadas por seus apoiadores via Pix. Afirmam que a origem dos valores é absolutamente lícita e pretendem tomar medidas legais para investigar a divulgação das informações.