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Sentença

Justiça: Marconi condenado por fraudar uso de aviões do Estado com desculpa de velórios

Ex-governador é condenado por improbidade administrativa após usar aeronaves públicas para campanha eleitoral. Cabe recurso

Ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo foi condenado por improbidade administrativa após - segundo a Justiça - mentir sobre o uso de aeronaves do Estado.

Conforme processo, Perillo justificava as viagens alegando que comparecia a velórios de interesse público, mas investigações apontaram que, segundo a Justiça, ele utilizou os aviões para compromissos políticos durante a campanha eleitoral de 2006.

Assinada pelo juiz Rodrigo Rodrigues de Oliveira e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, no dia 28 de janeiro, a sentença revela que as viagens estavam ligadas a reuniões partidárias.

O magistrado destacou que Perillo usou a estrutura do governo para fortalecer seu grupo político e angariar votos, violando princípios da administração pública.

“A tentativa da parte-ré de vincular o uso das aeronaves a velórios, com suposto interesse público, não convence, visto que as viagens ocorreram para cidades fora do Estado de Goiás, a citar, Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT) e Brasília (DF), bem como estavam sempre vinculadas a interesses pouco republicanos, em época de campanha eleitoral para o Senado Federal”, escreveu o juiz na sentença.

O Ministério Público de Goiás entrou com a ação em 2019, denunciando o uso indevido dos aviões. Como punição, Perillo foi condenado a devolver R$ 9,1 mil aos cofres públicos, enquanto Sebastião Vaz, então chefe do Gabinete Militar, deverá ressarcir R$ 3,9 mil. Outras penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa prescreveram. Ainda cabe recurso para os condenados.

Turbulências

A condenação ocorre dias antes de Perillo se tornar alvo da Polícia Federal na Operação Panaceia, que investiga desvios de recursos do SUS na Secretaria de Saúde de Goiás durante sua gestão.

A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, mobilizando 46 policiais federais e quatro servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

Além de Perillo, sua esposa, Valéria Perillo, e suas filhas tiveram o sigilo bancário quebrado por determinação da Justiça.

A reportagem tentou contato com o governador, mas não obteve retorno para publicar sua versão em relação ao conteúdo do processo em que foi condenado.


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