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JUSTIÇA

BH: Justiça arquiva inquérito sobre morte de mulher que caiu da cobertura do namorado

O inquérito sobre a morte de Hilma Balsamão foi arquivado pela justiça e investigações da Polícia Civil apontam que ela foi vítima de acidente. A mulher de 38 anos caiu da cobertura do namorado, que fica no bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. 

A decisão do juiz Marcelo Fioravante, do Primeiro Tribunal do Júri, teve como base além do resultado das investigações, um parecer do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no qual apontam que o caso tratou-se de acidente.

Hilma morreu após cair da cobertura do empresário Gustavo de Almeida Veloso, durante uma festa, no dia 20 de novembro do ano passado.

Incialmente, o caso foi registrado como suicídio, mas a família contestava a versão por conta de uma discussão entre ela e o namorado momentos antes da queda. A morte foi investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o inquérito foi concluído no fim do ano passado.

Investigações

Os investigadores examinaram três possibilidades que poderiam ter ocorrido no dia da morte: suicídio, acidente ou crime -- com prática de feminicídio ou instigação ao suicídio.

Mas, para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e para Polícia Civil, a vítima não poderia ter cometido suicídio e a hipótese de feminicídio ou de intervenção de terceiros também foi descartada. Por isso, a conclusão de que o caso tratou-se de acidente.  

Nas investigações foram realizadas oito perícias e 26 pessoas foram ouvidas ao longo da apuração do caso, que estava em segredo de Justiça. Segundo a Polícia Civil, Hilma havia consumido alto teor bebida alcoólica no dia da queda.

Na decisão, o MPMG afirma que “se tratou de acidente trazido pelas circunstâncias de falta de juízo crítico após ingestão imoderada de bebidas e agressões por palavras, em uma pessoa com perfil tendente à impulsividade”.

Uma discussão entre Hilma e Gustavo, de acordo com a investigação, ocorreu momentos antes da queda dela. A briga foi filmada pelo celular do filho do empresário. Segundo a Polícia Civil, após a briga, a mulher foi em direção à piscina e sofreu a queda do parapeito do prédio.

"Hilma parecia que iria pular na piscina, só que, de repente, ela jogou uma perna no parapeito e a outra perna a derrubou. Na verdade, ela não queria pular", disse ao G1, a delegada Ingrid Estevam, que presidiu o inquérito.

De acordo com a delegada, o depoimento de uma vizinho foi primordial no esclarecimento da morte. Ingrid contou que a testemunha tinha uma visão privilegiada e que foi para a janela depois que ouviu o início da confusão. Antes do acidente, a testemunha relatou que viu Hilma "caminhando sozinha, com passos fortes, em direção à piscina".

As defesas

O advogado Mário Lúcio de Moura Alves, que representa da família de Hilma afirmou que já tomou conhecimento sobre o arquivamento, no entanto, alegou que a defesa e parentes ainda não tiveram acesso ao teor inquérito e dos laudos. Ele ressaltou que não contesta o resultado do inquérito, mas espera ter acesso aos laudos.

Já a defesa de Gustavo Veloso afirmou que o empresário recebeu a decisão com serenidade e também com alívio. “Ao longo da perícia, foi apontada total impossibilidade de intervenção de terceira pessoa no acontecimento", disse o advogado Gustavo Americano.

*Com informações do G1.

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