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Ex-médico Roger Abdelmassih é condenado a 173 anos de prisão domiciliar

A Justiça de São Paulo concede prisão domiciliar para Roger Abdelmassih. Ele é acusado de abusar sexualmente de pacientes durante as consultas e estava preso desde setembro do ano passado, no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, Carandiru.

O TJ-SP concedeu na manhã de hoje (06) a prisão domiciliar do ex-médico Roger Abdelmassih. Ele foi condenado a mais de 173 anos de prisão. A decisão é da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. Ela levou em consideração o estado de saúde de Abdelmassih, que "apresenta quadro clínico bastante debilitado" e "necessita de cuidados ininterruptos".

"(...) está evidenciado nos autos que o sentenciado em questão conta com 76 [sic] anos de idade, apresenta quadro clinico bastante debilitado, experimenta atualmente considerável piora em seu estado de saúde, necessita de cuidados ininterruptos, medicação constante e em horários diversificados, exames frequentes e específicos, assim como alimentação especial e vigilância contínua", relatou Zeraik.

Mesmo que o réu tenha a prisão domiciliar, por ser uma pessoa bastante debilitada, que está sendo submetido a sucessivas internações hospitalares, Abdelmassih terá que cumprir um série de requisitos e condições estabelecido pela Juíza Sueli Armani, da 1ª Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté, para permanecer em casa.

Ele deve permanecer em sua residência, a qualquer hora do dia ou noite, exceto para tratamento médico e hospitalar ou com prévia autorização judicial; Comunicar imediatamente à Justiça uma eventual alteração de endereço; Não sair do país ou do município onde reside sem prévia autorização judicial. Além disso, Albdelmassih deve usar tornozeleira eletrônica a ser fornecida pela Administração Penitenciária; Submeter-se à perícia médica semestralmente ou a qualquer tempo, caso haja abrupta alteração do quadro de saúde atual, a ser realizada por perito nomeado pela Justiça.

Na prisão, Roger Abdelmassih foi agredido por outro detento. A motivação do outro preso foi defender a irmã que foi abusada pelo médico. Ao saber que se encontravam na mesma ala, o preso invadiu o quarto e agrediu Abdelmassih. Na época, a secretaria afirmou que o ex-médico não foi ferido e que o outro preso foi transferido de ala, recebendo alta no dia seguinte.

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