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A Polícia Federal investiga a organizadora do Miss Goiás, por suspeita de aliciar modelos para o tráfico de mulheres. De acordo com as investigações, a organizadora teria aliciado uma jovem goiana, que foi enviada para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Áudios mostram a suspeita negociando mulheres com Rodrigo Cotait, suspeito de ser o chefe do grupo criminoso.
“Fátima tudo bem? Eu preciso de alguma miss, alguma miss que tenha título importante. Não precisa ser desse ano não, pode ser de qualquer ano tá. É cache milionário é coisa de cinquenta mil euros para uma semana”, pergunta Rodrigo Cotait em áudio.
Na última terça-feira (27), a Polícia Federal conseguiu prender a organizadora durante uma operação. No entanto, a justiça autorizou que a organizadora responda ao processo em liberdade.
Equipes de reportagem da TV Anhanguera estiveram na casa da investigada, porém, a mesma não quis se pronunciar sobre o caso. Já a sua defesa, disse em nota, que ela recebeu a enuncia com perplexidade. Informaram também que ela só vai se manifestar após ter acesso a toda a investigação.
Segundo as investigações, Rodrigo Cotait, o homem que aparece conversando com ela nos áudios, era responsável por escolher jovens no Brasil e prepará-las para as viagens internacionais. A polícia informou que o gripo criminoso já traficou mais de 100 mulheres para fins de exploração sexual.
Rodrigo, em outro áudio, explica para a organizadora qual o perfil de mulheres que seus clientes procuram. “É muita grana, só que o nível de exigência é alto, não tem jeito. Não pode ser desengonçada e tem que ser linda”, explica Rodrigo Cotait.
A organizadora responde: “Rodrigo, ela é belíssima, belíssima. Brasileira, brasileira mesmo, tá. Dá uma olhada agora”. Rodrigo elogia e prevê mais negócios com a parceira: “Fátima, meus parabéns viu. A gente vai fazer bastante parceria viu. É, adorei essas duas, maravilhosas hein, tá. Você está com o faro certíssimo viu”, conclui.
Defesa de Rodrigo
A defesa de Rodrigo, informou em nota à TV Globo, que ele foi alvo de um mandado de prisão ilegal. A nota ainda diz que ele confia no Poder Judiciário e espera que essa "injustiça" seja reparada o mais breve possível. Para a polícia, ele negou os crimes.
"Eu sou solteiro, então u recebo muitas mulheres na minha casa. Eu não me considero um fora da lei, um bandido", diz Rodrigo.
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