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Lula chama governadores para marcar um ano dos atos golpistas

Presidente convida governadores para encontro simbólico contra ataques à democracia de 8 de janeiro de 2023

Lula da Silva: país não pode esquecer o que aconteceu em 8 de janeiro de 2023 Lula da Silva: país não pode esquecer o que aconteceu em 8 de janeiro de 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou governadores nesta terça-feira,12, para um ato no próximo dia 8 de janeiro para marcar um ano dos ataques às sedes dos poderes. De acordo com Lula, os ataques foram uma tentativa de golpe, que foi debelada.

“Estou convidando todos os governadores porque no dia 8 de janeiro nós vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou-se dar um golpe dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país”, declarou o presidente da República.

”Pretendo ter todos os governadores aqui, deputados, senadores, empresários, para a gente nunca mais deixar as pessoas colocarem em dúvida que o regime democrático é a única coisa que dá certeza das instituições funcionarem e o povo ter acesso a participar da riqueza que ele produz. O restante é balela”, disse Lula.

O presidente deu as declarações em solenidade no Palácio do Planalto sobre financiamento de obras nos Estados por bancos federais - como Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Havia quatro governadores presentes, os lulistas Helder Barbalho (MDB-PA) e Fábio Mitidieri (PSD-SE), e os bolsonaristas Eduardo Riedel (PSDB-MS) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

No dia seguinte aos ataques de 8 de janeiro deste ano, Lula reuniu governadores no Palácio do Planalto e realizou um ato contra a ação dos radicais. Junto com outros políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), eles atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé para visitar a sede depredada da Corte.

Destruição

Quase um ano atrás, uma multidão invadiu a praça dos Três Poderes e destruiu símbolos da República.

Nos dias seguintes ao 8 de janeiro, o país se debruçou sobre imagens de redes sociais e câmeras de segurança de Brasília para digerir diferentes ângulos do episódio insólito: a convocação pelas redes sociais, o acampamento em frente ao QG do Exército, as falhas de segurança que permitiram a invasão, o papel das Forças Armadas, a destruição de obras de arte e do patrimônio público.

Separadamente, cada um deles é uma janela para o que aconteceu naquele dia. Juntos, ajudam a entender como o 8 de janeiro se encaixa na história recente do país e dialoga com questões ainda não equacionadas do processo de redemocratização.

“A partir do dia 3 de janeiro a gente percebe que começam a aparecer muitos vídeos de pessoas reunidas no QG fazendo uma convocatória para que outros manifestantes do Brasil inteiro fossem a Brasília para um grande ato”, relata Luis Fakhouri, diretor de estratégia da Palver. A plataforma de escuta social monitorou 15 mil grupos de WhatsApp durante as eleições, dentro da iniciativa montada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a desinformação.

“No dia 5, isso se torna muito forte. Muitos vídeos sendo compartilhados, de ônibus chegando, de caravanas.”

As redes sociais são um elemento importante no mosaico do 8 de janeiro.

Ainda que a operação Lesa Pátria da Polícia Federal indique que há evidências de que houve financiamento da estrutura que possibilitou os ataques e de que grupos específicos os fomentaram, sem as redes sociais não haveria plataforma que permitisse a organização difusa dos atos.

O Congresso Nacional criou a CPMI do 8 de janeiro, com maioria de parlamentares governistas, ouviu depoimentos e encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) documento em que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por ser o “mentor intelectual” dos protestos de seus aliados na Praça dos Três Poderes.

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