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POLÍTICA

Lula deve ouvir partidos antes de reforma ministerial

Ministro Alexandre Padilha diz que governo vai dialogar com líderes partidários

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciará um ciclo de conversas com dirigentes e líderes partidários após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, com o objetivo de avaliar as ações do governo. Esse processo pode ou não resultar em mudanças ministeriais.

“O presidente vai dialogar com os líderes dos partidos que compõem a base sobre os desafios dos próximos dois anos. Isso não significa, necessariamente, que haverá mudanças nos ministérios”, afirmou o Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Nos bastidores, cresce a expectativa de uma possível reforma ministerial nas próximas semanas, com ajustes na equipe para fortalecer a articulação política do governo.

Atualmente, o governo Lula conta com 38 ministérios, a segunda maior Esplanada da história, perdendo apenas para a administração de Dilma Rousseff, que chegou a ter 39 ministérios.

Desencontro no governo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), declarou que uma reforma ministerial isolada não será capaz de salvar a articulação política do governo Lula. Lira afirmou que as primeiras nomeações privilegiaram o Senado, enquanto a Câmara, apesar de ter “entregue mais” ao governo, tem sido menos contemplada com cargos e funções estratégicas na Esplanada dos Ministérios.

“Os deputados precisam ser protagonistas no rearranjo da Esplanada dos Ministérios. Deve haver arrumação de baixo para cima. Só em cima, não salvará, não resolverá. O Lula é um animal político muito experiente, mas não pode estar na linha de batalha. Tem que ter gente brigando”, disse Lira.

Lira também mencionou a falta de sintonia interna no governo. “Há um desencontro do governo com o próprio governo, entre áreas do governo. Não há uma sintonia. Mas é o momento agora de tentar fazer, olhando para todos os aspectos, inclusive econômicos”, acrescentou.

Além disso, o presidente da Câmara negou ter sido procurado por integrantes do Palácio do Planalto para assumir um ministério. Lira é cotado como futuro ministro da Agricultura, embora o PP, seu partido, ainda trabalhe para que ele ocupe o Ministério da Saúde. No entanto, o presidente Lula resiste em entregar essa pasta ao Centrão.

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