Durante entrevista à emissora de TV argentina C5N, o papa Francisco disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi condenado injustamente pela Lava Jato e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), apesar do impeachment, tem “as mãos limpas”. Os políticos brasileiros foram citados quando o papa falava a respeito do lawfare, que é quando acontece perseguição política por meio de mecanismos judiciais.
"O lawfare abre caminho pelos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo, então, o pessoal o desqualifica e metem a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [provas], mas, para condenar, basta o tamanho desse sumário. "Onde está o crime aqui?' 'Mas, sim, parece que sim...' Assim condenaram Lula", disse o papa.
Francisco também citou os ex-presidentes Rafael Correa (Equador), Evo Morales ( Bolívia) e Cristina Kirchner (ex-presidente e atual vice da Argentina) de terem sofrido perseguição. Em relação à ex-presidente Dilma, o papa a descreveu como “uma mulher excelente” e classificou o impeachment da petista como um “ato administrativo menor”.