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O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, apresentou condições ao PSDB para assumir a presidência do partido, que será decidida em convenção nacional no próximo dia 30. Para ele, dois pontos são considerados cruciais: liberdade para atrair lideranças mais jovens para o ninho tucano e ter a certeza de que a sigla terá candidato a presidente da República em 2026.
“Há uma série de fatores a serem considerados, especialmente a liberdade para trabalhar o partido buscando unidade e fortalecimento sem qualquer tipo de veto e preocupação menor que não seja seu crescimento. São medidas para chegar mais preparado às eleições de 2026, afirmou em entrevista exclusiva à Coluna.
O nome de Perillo foi articulado pelo deputado federal Aécio Neves (MG). O atual presidente da sigla, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, havia sugerido a indicação do ex-senador Tasso Jereissati (CE). Depois de ampla negociação, o partido conseguiu formar chapa única que tem Perillo, Aécio e Leite na composição. Mas os cargos não estão definidos ainda.
Se assumir o comando nacional do PSDB, Perillo tem como primeira prioridade reunificar o partido. Para isso afirma que será preciso “suturar as fissuras das prévias”. Em 2021, a sigla decidiu seu presidenciável em eleição interna, mas nem sequer conseguiu ter candidato à Presidência em 2022. “O instituto de prévia é bonito, mas deixa sequelas e consequências ruins”. avaliou.
O ex-governador já listou as demais metas: trabalhar para fortalecer as bancadas no Senado e na Câmara, fortalecer o partido em estados onde ainda é praticamente inexistente e trabalhar pelas eleições municipais onde for possível.
Caso seja eleito presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo vai se licenciar da presidência do partido no Estado – assume o cargo o suplente de deputado federal Helio de Sousa, que vai coordenar a campanha municipal de 2024 em Goiás.
“Batista Custódio foi um visionário”, diz ex-governador
Presente no velório do jornalista Batista Custódio, sábado (25), no cemitério Jardins das Palmeiras, o ex-governador Marconi Perillo afirmou que o fundador do Cinco de Março e Diário da Manhã fez história em Goiás e no País. “Ele revolucionou a imprensa, ao inaugurar, por exemplo, maior espaço para os cidadãos e cidadãs expressarem as suas opiniões. O DM sempre foi um canal aberto com a sociedade organizada”.
Lembrando que sempre ouviu os conselhos de Batista, Marconi destacou o “equilíbrio e a sensatez” do jornalista na defesa das liberdades, da justiça e do respeito à cidadania. “Batista sempre esteve à frente de seu tempo. Foi brilhante como editorialista e como conselheiro político. A imprensa goiana e brasileira deve muito a ele, pois sempre agiu com equilíbrio e ponderação”.
O ex-governador ressaltou também a legião de jornalistas que construíram suas carreiras se espelhando nos ensinamentos e nas orientações de Batista Custódio. “A redação do DM era uma escolha do bom jornalismo, do espaço para todos se manifestarem, independente de ideologia ou partido político”.
Marconi, que já foi governador de Goiás por quatro vezes, ressalta que se orgulha de ter sido “amigo e compadre” de Batista Custódio. “Goiás e o Brasil está de luto pela perda do Batista, um nome marcante na imprensa. Ele vai continuar inspirando futuras gerações de jornalistas”.
