A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse nesta segunda-feira (25) que recebeu a saída provisória do ex-jogador de futebol Daniel Alves da prisão com "muita indignação" e que a liberdade de um estuprador foi comprada por R$ 5 milhões, valor pago pela fiança.
"[Recebo com] Muita indignação. R$ 5 milhões compra a liberdade de um estuprador já foi julgado, condenado por estupro", disse Cida.
"A palavra da mulher está sendo mais uma vez violada, sofrendo as consequências disso. Acho que foi equívoco. Não posso julgar o que aconteceu na Espanha, mas ele deveria cumprir sua condenação na prisão", completou, em frente ao Palácio da Alvorada.
O ex-jogador de futebol saiu da prisão às 16h25 (12h25 em Brasília) desta segunda-feira (25), após pagar uma fiança de EUR 1 milhão, o equivalente a R$ 5,5 milhões.
A liberdade é provisória e vale apenas até que a sentença final seja proferida, após esgotamento dos recursos. Se ele não vier a ser absolvido, será preso novamente para cumprir a pena --atualmente fixada em 4 anos e meio. Nesse ínterim, ele deverá se apresentar ao Tribunal Superior de Justiça de Catalunha toda sexta-feira.
Alves ficou 14 meses e 5 dias em Brians 2. Ele foi preso em 20 de janeiro de 2023, quando se apresentou a uma convocação da polícia após denúncia de estupro por uma jovem de 23 anos.
O caso aconteceu em 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton Barcelona. Conforme a denúncia, Alves a forçou a fazer sexo no banheiro da área VIP. Em 22 de fevereiro deste ano, o brasileiro foi condenado a 4 anos e meio de prisão, mas a sentença final ainda depende de que as partes esgotem os recursos.
O presidente Lula (PT) e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, receberam no Palácio do Planalto na noite desta segunda-feira (25) um grupo de mulheres parlamentares e ministras de governo.
O encontro foi organizado pela Janja e tinha como objetivo aproximá-lo delas pautas femininas, segundo relatos. O encontro durou cerca de 4 horas.
Estiveram presentes no encontro todas as ministras, com exceção da Nísia Trindade (Saúde). Também estiveram presentes cerca de 40 parlamentares mulheres. O único homem presente, além do próprio presidente, foi o ministro Alexandre Padilha (SRI).
De acordo com Cida Gonçalves, o encontro tratou de pautas prioritárias para a mulher, e foi uma confraternização.