A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (18/8) a Operação Incúria, que cumpriu mandados de prisão preventiva contra sete oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal que integravam a cúpula da corporação durante os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.
As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Inquérito 4.923, que investiga a organização dessas manifestações. Entre os alvos da operação está o atual comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano.
Além de Klepter Rosa, foram presos:
- O ex-comandante-geral coronel Fábio Augusto Vieira, que liderava a PMDF durante os atos;
- O coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então comandante do Departamento de Operações;
- O coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que assumiu o Departamento de Operações após Naime;
- O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, chefe do 1º Comando de Policiamento Regional;
- O major Flávio Silvestre de Alencar;
- E o tenente Rafael Pereira Martins.
De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, esses sete oficiais da PMDF não teriam agido para impedir a invasão das sedes dos Três Poderes por manifestantes radicais no dia 8 de janeiro, quando houve ataques antidemocráticos.
A PGR acusa os policiais militares de omissão e pede que eles respondam pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Antes das prisões, as defesas negaram as acusações e afirmaram que os oficiais sempre colaboraram com as investigações.
O ministro Alexandre de Moraes ainda decidirá se aceita ou não a denúncia da PGR, o que tornaria os sete policiais réus no processo. A Polícia Militar do DF informou que acompanha o caso, conduzido pela Polícia Federal.