PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, declara apoio a Davi Alcolumbre para comandar a presidêndia do Senado.
Rogério Marinho, PL-RN, líder da oposição declarou na última quarta-feira, 30, que a bancada do PL, segunda maior da Casa, com 14 senadores, vai apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre, União-AP, para a Presidência do Senado. A eleição será em fevereiro do ano que vem.
"Nessa eleição para o Senado nós vamos apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre. Entendemos que, nesse momento, é estrategicamente importante esse posicionamento para que haja um respeito à proporcionalidade, à ocupação das comissões permanentes, que vai nos permitir trabalhar pautas importantes", afirmou Marinho.
Alcolumbre já recebeu o aval de cinco bancadas: PL, União, PP, PSB e PDT. Somadas, essas legendas reúnem 35 senadores. São necessários 41 votos favoráveis para vencer a disputa.
Na última eleição em fevereiro do ano passado, Rogério Marinho, foi adversário do atual presidente do senado Rodrigo Pacheco, que o venceu por 49 votos a 32.
Há três anos, Alcolumbre não pode concorrer à reeleição porque a Constituição só permite, para presidentes da Câmara e do Senado, na mudança de legislatura, ou seja, quando há eleições gerais. A estratégia do senador foi, então, comandar a comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ), e escalar seu aliado, Pacheco, para a Presidência do Senado.
Questionado se uma das moedas de troca para apoiar o candidato seria a abertura de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, Marinho confirmou que esse tópico foi debatido com Alcolumbre, mas não quis revelar a opinião do senador.
O PT, com nove senadores hoje, ainda não formalizou decisão. Apesar disso, Lula já sinalizou a parlamentares próximos a ele que o PT deve confirmar o nome de Alcolumbre.