As eleições de 2026 estão distantes, mas os partidos já se movimentam para apresentar alternativas na disputa pelas duas cadeiras ao Senado.
Ronaldo Caiado (União Brasil) é nome natural na corrida ao Senado, mas o governador tem deixado claro que pretende concorrer à presidência da República. Assim, o caminho fica aberto para uma eventual candidatura da primeira-dama Gracinha Caiado (União Brasil).
Para a segunda vaga da base aliada governista, as alternativas são várias: Alexandre Baldy (PP), Zacharias Calil (UB), Silvye Alves (PP), Professor Alcides (PL). O senador Jorge Kajuru (PSB) anunciou que pretende concorrer à reeleição pela base caiadista. O senador Vanderlan Cardoso (PSD) deverá estar fora da disputa, já que entra na corrida pela prefeitura de Goiânia em 2024.
O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (a caminho do MDB), postula vaga ao Senado na chapa a ser encabeçada por Daniel Vilela. Ele concorreu e perdeu a disputa pelo governo de Goiás em 2022.
O prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), que encerra o mandato em dezembro de 2024, também é alternativa da base do governo Ronaldo Caiado para o Senado.
O secretário estadual de Infraestrutura, Pedro Sales, é lembrado por prefeitos e vereadores como opção da base governista para a disputa ao Senado, caso Ronaldo Caiado e Gracinha Caiado fiquem fora do embate eleitoral de 2026.
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, também reeleito, pensa em candidatura majoritária para 2026, principalmente ao Senado. Neste caso, ele concorre internamente com Alexandre Baldy, presidente do PP em Goiás.
Na oposição surgem os nomes de Rubens Otoni PT), Adriana Accorsi (PT) e Marconi Perillo (PSDB). Desde a posse de Ronaldo Caiado no governo de Goiás, em janeiro de 2019, os partidos de oposição, inclusive os de esquerda, sofrem esvaziamento de seus quadros, o que fragiliza a formação de chapa majoritária – governador, vice e senadores para as eleições de 2026.
Até as convenções partidárias, em julho do ano eleitoral, muitos avanços e recuos irão ocorrer naqueles políticos que pretendem disputar as duas vagas ao Senado, tanto na esfera governista quanto no espectro oposicionista.
As candidaturas majoritárias ocorrem, efetivamente, às vésperas das convenções, a exemplo do que ocorreu em 2018 e 2022 e muitos que eram considerados favoritos para o Senado no início do processo eleitoral ficaram pelo meio do caminho. O maior exemplo é o do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que largou em primeiro lugar nas duas eleições e perdeu o pleito para o Senado.
Ano passado, o empresário Wilder Morais (PL) iniciou a campanha em quarto lugar e com o desenrolar do processo eleitoral, cresceu, impulsionado pelo bolsonarismo e pelo agronegócio e chegou em outubro em primeiro lugar, conquistando a cadeira em disputa.
Outro que começou a campanha como favorito, em 2022, o Delegado Waldir (União Brasil), acabou em terceiro lugar na disputa pela vaga ao Senado.
Nas entrevistas à imprensa, o governador Ronaldo Caiado deixa claro que encerrou a sua participação como candidato a cargos no Estado – governador, senador e deputado federal -, o que permite a base aliada buscar dois novos nomes para a disputa senatoria de 2026.