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Divulgação
A prisão do general Braga Netto no último sábado, 14, gerou reações significativas no meio militar e político, especialmente após uma postagem do ex-presidente Bolsonaro (PL).
Em sua declaração, Bolsonaro questionou a legalidade da prisão, indagando: "Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?". Embora não tenha mencionado Braga Netto diretamente, suas palavras foram interpretadas como um aceno para que o general não opte pela delação premiada.
Entre militares e investigadores, a avaliação é de que é improvável que Braga Netto faça delação, em razão da "lealdade militar", conforme comentado por fontes próximas à investigação.
Além disso, o general conta com apoio político, evidenciado por postagens de Bolsonaro e de parlamentares, como o senador Rogério Marinho (PL-RN), que criticou a prisão, chamando-a de "atropelo".
Entretanto, a possibilidade de delação não pode ser completamente descartada. Investigadores lembram do caso de Ronnie Lessa, que se tornou delator após uma negociação inesperada, revelando os mandantes do assassinato de Marielle Franco.
Segundo fontes ouvidas pela jornalista Andreia Sadi, a prisão de Braga Netto pode pressionar outros generais a considerar a delação, especialmente diante das penas que podem enfrentar. O general Mario Fernandes é apontado como o mais propenso a essa possibilidade, uma vez que é suspeito de estar envolvido em um plano de assassinato contra Lula (PT) e Alckmin. Ele poderia fornecer detalhes sobre encontros com Bolsonaro e informações sobre o plano de assassinato.
O advogado de Fernandes, Marcus Vinicius Figueiredo, negou que seu cliente esteja cogitando uma delação premiada. A situação continua a se desenvolver, com a atenção voltada para os desdobramentos das investigações.
