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Presidente diz que governo fará nova revolução industrial

Petista afirma que não está em seu terceiro mandato para repetir o que fez nos dois anteriores

Líder lembrou que ainda há três anos e meio pela frente: “conto todo dia” Líder lembrou que ainda há três anos e meio pela frente: “conto todo dia”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem que o governo vai criar as condições necessárias para o que chamou de nova revolução industrial. “Quando a gente fala que precisa investir em inovação, que tem que ter uma nova revolução industrial, está nas nossas mãos fazer isso. Da parte do governo, a gente vai criar as condições”.

“O companheiro [Fernando] Haddad sabe que temos que aportar recursos para que o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] faça a economia funcionar”, destacou. A declaração foi dada durante a reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Lula lembrou que ainda há três anos e meio pela frente. “Conto todo dia. O mandato da gente acaba logo. É rápido quando a gente está no governo”, afirmou. “Meu governo não tem tempo a perder. Não voltei a governar esse país para fazer o mesmo que já fiz. A gente voltou pra tentar fazer as coisas diferentes. E fazer a revolução industrial nesse país, pra gente ser competitivo de verdade. A hora é agora.”

“Da parte do governo, serão três anos e meio em que ninguém vai poder se queixar que o governo está atrapalhando”, destacou. Criado em 2004, o CNDI estava sem funcionar há sete anos e retorna com a missão de construir nova política industrial para o país. Integram o conselho 20 ministros, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e 21 conselheiros representantes da sociedade civil, entre entidades industriais e trabalhadores.

Ainda ontem, o presidente sinalizou que pode se candidatar novamente ao Planalto em 2026 ao afirmar que a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é um “estímulo” para ele. O petista está em seu terceiro mandato na Presidência.

Lula afirmou que encontrou com o presidente dos EUA em Hiroshima, no Japão, e perguntou ao americano se era verdade que ele disputará a reeleição. “Ele (Biden) disse: ‘Vou’. Eu falei: ‘Isso é um estímulo’, sou mais novo que ele.” A declaração foi dada em entrevista ao SBT nesta quinta-feira, 6.

A condição física de Lula, 77 anos, é o principal ponto que o fará decidir se concorrerá à reeleição em 2026. Caso a saúde dele permita, o petista tentará a Presidência no próximo pleito. O presidente disse também que não vai reprovar caso um ministro de seu governo queira disputar as eleições em 2026, desde que seja feita no tempo correto. (Com Agência Estado)

Político já tem mais pedidos de impeachment do que no 2º mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mais pedidos de impeachment protocolados na Câmara nos seis primeiros meses deste terceiro mandato do que em toda a sua segunda gestão no Palácio do Planalto. A Casa já recebeu 11 requerimentos para afastar Lula até esta quarta-feira, 5. De 2007 a 2010, foram nove solicitações.

Dez dos novos requerimentos são de autoria de deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A outra solicitação de afastamento foi feita por Evair Vieira de Melo (PP-ES), apoiador do ex-chefe do Executivo e correligionário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Os pedidos não significam que um processo de afastamento será iniciado, já que para isso Lira precisa analisar as solicitações sobre crime de responsabilidade. Ele pode arquivá-las ou encaminhá-las para avaliação dos deputados. Dos requerimentos, nove ainda aguardam a apreciação de Lira e outras duas foram arquivadas devido à troca de legislaturas na Câmara, no primeiro dia de fevereiro. Não há prazo para análise pelo presidente da Casa.

No seu segundo mandato no Planalto, entre 2007 e 2010, o presidente recebeu nove pedidos de impeachment. Diferentemente das solicitações na sua terceira gestão, nenhum dos requerimentos apresentados na época foram escritos por políticos. Já no primeiro mandato, de 2003 a 2006, Lula foi alvo de 28 pedidos de afastamento do cargo.

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