O senador Renan Calheiros (MDB-AL) entrou, nesta segunda-feira, 9, com um pedido de extradição imediata do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dos Estados Unidos ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O requerimento se deve ao fato de Renan julgar "ingeável" a participação ativa e responsabilidade do ex-presidente nos ataques terroristas que aconteceram no último domingo, 8, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
"É importante pontuar que o atentado à democracia ocorrido ontem foi resultado do acúmulo das falas golpistas e antidemocráticas de Jair Messias Bolsonaro, proferidas desde sempre, mesmo antes de sua eleição para a presidência da República, mas, principalmente, durante os quatro anos em que ocupou o Palácio do Planalto", diz o documento.
O parlamentar solicita ao ministro Alexandre de Moraes o retorno imediato de Bolsonaro ao Brasil, com um prazo de 72 horas.
O documento pede a investigação não só de Bolsonaro, mas também do ex-ministro da Justiça, Alexandre Torres, que "se manteve inerte diante da ação atentatória às eleições promovida pela Polícia Rodoviária Federal" e "diante do caos que se instaurou na região central de Brasília no dia da diplomação de Lula como Presidente da República, dia 12 de dezembro de 2022".
"Outra “coincidência” observada é que, tanto a tentativa de golpe ocorrida no dia 30 de outubro de 2022, operacionalizada pela PRF, quanto os atentados terroristas de ontem, foram precedidas de reunião entreJair Bolsonaro e Anderson Torres, conforme amplamente noticiado", afirma o documento.
Por fim, o documento destaca que, caso o ex-presidente não obedeça a ordem de retornar em 72h, ele terá a prisão preventiva decretada.
"Em caso de descumprimento à ordem de retorno ao território brasileiro no prazo estipulado, requer seja decretada sua prisão preventiva, nos termos do art. 312 do CPP, para garantia da ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal", fecha o documento.