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Márcio Leite, interventor da Saúde de Goiânia, durante coletiva de imprensa, detalha as ações realizadas para estabilizar o sistema de saúde municipal e garantir o atendimento à população (Foto: Meyrithania Michelly - Diário da Manhã)
Após a crise no setor de saúde de Goiânia, marcada por uma sobrecarga nas unidades de urgência e uma série de problemas financeiros, o prefeito eleito Sandro Mabel (UB) anuncia a nomeação de Luiz Gaspar Machado Pellizzer como o novo secretário de Saúde de Goiânia. A decisão foi tomada após a intervenção do governo estadual na pasta e tem como objetivo restaurar a normalidade dos serviços de saúde na capital.
Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje, 11 de dezembro, Mabel reforça a importância da escolha de Luiz Pellizzer , que já vinha integrando a equipe de transição e colaborando na montagem dos gabinetes de crise desde a gestão de Rasível dos Reis, o então secretário de Saúde. “O Dr. Luiz é um médico com vasta experiência e já conhece os problemas da nossa saúde de perto. Ele vai trabalhar para garantir que a saúde pública de Goiânia recupere sua eficiência e deixe a crise para trás”, destaca Mabel.
Porém, enquanto o novo secretário já começa a se preparar para sua gestão, quem ainda está à frente da intervenção na saúde municipal é Márcio Leite, nomeado interventor pelo governo estadual. Em entrevista, Márcio Leite explica o processo de intervenção e destaca os desafios ainda enfrentados. “Nosso trabalho desde a intervenção tem sido intensivo, buscando resolver as questões mais urgentes. A principal meta foi garantir que os pacientes tivessem acesso a leitos de UTI, medicamentos e atendimento de urgência, e isso já está sendo alcançado com sucesso”, afirma.
Márcio Leite, que assume um papel crucial na reestruturação da saúde municipal, relata a situação delicada em que encontrou o sistema de saúde e as medidas que estão sendo adotadas para estabilizar o atendimento. “Logo no início da intervenção, encontramos unidades de saúde com falta de medicamentos e até mesmo problemas com o pagamento de fornecedores, o que comprometia o atendimento à população. Trabalhamos para garantir o abastecimento básico e resolver essas pendências o mais rápido possível. Hoje, o sistema já está mais estável, mas ainda há muito a ser feito”, explica o interventor.
Márcio Leite também destaca a importância da colaboração entre a equipe técnica municipal e estadual. “Estamos trabalhando em sintonia com o município, especialmente com o gabinete de crise que foi montado. A participação ativa do prefeito Sandro Mabel tem sido fundamental. Juntos, conseguimos uma resposta mais ágil à crise, o que resultou em uma redução significativa nas filas de espera para internação”, garante.
De acordo com o interventor, desde a criação dos gabinetes de crise em novembro, já foram internados 650 pacientes, sendo 433 encaminhados para hospitais estaduais e 217 para unidades contratadas pelo município. Ele afirmou ainda que, desde a implementação da estratégia, não houve pacientes aguardando mais de 24 horas por um leito de UTI, o que representou um avanço considerável. “Nosso trabalho tem sido focado em resolver esses gargalos, garantindo que a população não fique desassistida. A redução das filas de UTI é uma das maiores vitórias que conquistamos até o momento”, afirma.
Embora a intervenção tenha trazido avanços significativos, Leite reconhece que ainda há desafios a serem superados. “A questão do pagamento de fornecedores continua sendo um ponto crítico. Precisamos garantir que as pendências sejam resolvidas rapidamente, sem comprometer a continuidade dos atendimentos. Para isso, contamos com uma equipe jurídica, com o apoio do Ministério Público e da Procuradoria do Estado, para garantir que as medidas sejam tomadas com agilidade e transparência”, destaca o interventor.
Sobre o futuro da intervenção, Márcio Leite afirma que a continuidade do trabalho depende de ações ainda mais rápidas e eficazes. “Nosso trabalho não acaba com a nomeação do novo secretário. A intervenção continuará até que todos os problemas sejam resolvidos e a saúde municipal esteja novamente em pleno funcionamento. Quando as questões mais urgentes forem resolvidas, podemos começar a planejar a desmobilização dessa estrutura de intervenção”, conclui.
Luiz Pellizzer, o novo secretário de Saúde, também participou da coletiva e falou sobre os próximos passos para dar sequência ao trabalho iniciado pelos gabinetes de crise. Pellizzer, que já tem experiência na gestão de saúde e coordenação de unidades de atendimento, ressaltou que sua gestão estará focada em resolver problemas financeiros e garantir o bom funcionamento dos serviços de saúde.
“Nosso trabalho começou já na Comissão de Transição, onde fizemos um levantamento dos principais problemas enfrentados. Desde o dia 27 de outubro, participamos da montagem dos gabinetes de crise, e o objetivo agora é dar continuidade a essa estrutura e garantir que a saúde municipal funcione de forma eficiente e organizada. A minha missão é trabalhar para que, até janeiro, a crise esteja resolvida e possamos avançar para um novo momento na saúde de Goiânia”, afirma Pellizzer.
O novo secretário também destacou a importância de resolver pendências financeiras e renegociar contratos de fornecimento de insumos. “Temos de garantir que as unidades de saúde estejam abastecidas com medicamentos e equipamentos. Além disso, vamos trabalhar para melhorar a gestão do RH nas unidades, algo que ainda precisa de muito esforço”, disse.
Márcio Leite, o interventor, complementou afirmando que as ações coordenadas entre a gestão municipal e estadual são essenciais para a estabilização da saúde em Goiânia. “O prefeito Sandro Mabel tem dado todo o apoio necessário e os técnicos têm feito um trabalho excepcional. A cidade já está vendo os resultados das medidas tomadas, mas o trabalho ainda não terminou. Precisamos continuar atentos aos problemas que persistem e resolvê-los o mais rápido possível”, conclui Leite.
Com a nomeação do novo secretário, a expectativa é que a gestão de Luiz Gaspar Machado Pellizzer traga a estabilidade necessária para superar a crise e melhorar a qualidade do atendimento à população de Goiânia. O foco, agora, será não apenas resolver as pendências financeiras e operacionais, mas também planejar um sistema de saúde mais sustentável e eficiente para o futuro.
