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STF forma maioria para manter decisão sobre emendas parlamentares

Corte aprova transparência nas emendas, mas com novas limitações

Imagem ilustrativa da imagem STF forma maioria para manter decisão sobre emendas parlamentares

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a decisão do ministro Flávio Dino, que homologou o plano de trabalho apresentado pelo Congresso Nacional com o objetivo de dar mais transparência às emendas parlamentares.

Além de Dino, votaram a favor da confirmação do entendimento os ministros Luís Roberto Barroso (presidente), Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Ainda se manifestarão sobre o caso os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e André Mendonça.

Flávio Dino aprovou a proposta do Legislativo e submeteu a decisão para análise do plenário da Corte, em votação realizada no plenário virtual. O julgamento teve início à 0h des sexta-feira e seguirá até as 23h59 da próxima quarta-feira (5).

Embora tenha autorizado a execução das emendas referentes ao Orçamento de 2025, assim como as relativas a exercícios anteriores, o ministro manteve algumas restrições previamente impostas, como as suspensões de repasses para ONGs e entidades do terceiro setor.

Em sua decisão, Dino também transmitiu novas orientações ao Congresso sobre o tema. O ministro afirmou que mais diálogos serão necessários para resolver as questões pendentes e que os inquéritos e ações judiciais em andamento, relacionados com o uso irregular das verbas, continuarão, "a fim de que as sanções correspondentes sejam aplicadas".

Dino deixou claro que as transferências diretas para Estados e municípios, também conhecidas como emendas Pix, somente poderão ser pagas mediante a apresentação de planos de trabalho. Além disso, reforçou a determinação de que as emendas ao Orçamento não poderão crescer em um ritmo superior ao do arcabouço fiscal, das despesas discricionárias do governo ou à variação da receita corrente líquida.

O ministro também ressaltou que a homologação do acordo não é definitiva e que continuará monitorando seu cumprimento. Ele fixou o prazo até 30 de maio para que o Congresso forneça novas informações sobre o andamento dos ajustes técnicos e legislativos prometidos no plano de trabalho.

"O plano de trabalho em foco oferece um caminho de aprimoramento institucional para o Estado brasileiro, mas não encerra o debate, com suas naturais controvérsias", afirmou Flávio Dino em sua decisão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comemorou a homologação do plano apresentado pelo Congresso e afirmou que a decisão é um resultado do diálogo entre os Poderes e do "reconhecimento das prerrogativas parlamentares".

"A decisão do ministro Flávio Dino, de aprovar o plano de trabalho das emendas, é resultado dos esforços do Legislativo em dialogar com os demais Poderes. É também um reconhecimento das prerrogativas dos parlamentares", disse Motta em postagem no X, antigo Twitter.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também expressou apoio à decisão, destacando o "importante resultado para o Brasil".

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