O ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, nesta sexta-feira, 6,, afirmou que a direita brasileira o intitulou como "vilão", em um discurso extremista de ataque às instituições democráticas do país.
O magistrado, disse que é mais conveniente para a classe política escolher um "inimigo de carne e osso" que represente os órgãos atacados:
"Você tem que achar dentro da instituição um inimigo de carne e osso, porque aí você personifica. No caso do Brasil, foi carne, osso e sem cabelo", declarou o ministro em evento promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Moraes também mencionou os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Segundo o ministro, o povo teme a implantação do comunismo no Brasil, usando esse motivo para atacar à democracia brasileira.
Em definição, o comunismo é uma ideologia política e socioeconômica, que visa implementar uma sociedade igualitária, por meio da abolição da propriedade privada, das classes sociais e do próprio Estado.
O Brasil é uma república federativa democrática com sistema presidencialista. O seu sistema político e econômico é baseado em princípios capitalistas e democráticos. O Brasil tem uma economia mista, que inclui setores públicos e privados, e realiza eleições regulares para escolher seus representantes políticos.
O ministro destaca que é impressionante como o comunismo da ibope. "O 1% que sabe, sabe que não existe mais comunismo. A China é comunista, mas é mais capitalista do que nós", diz.
No evento, Alexandre de Moraes celebrou a forma como as instituições públicas superaram os ataques sofridos na capital do país e relembrou a promulgação da Constituição de 1988. Nessa quinta-feira, 5, a Carta Magna Brasileira completou seus 35 anos.