Após a confirmação da morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, em um acidente aéreo na tarde desta quinta-feira (19/1), uma postagem do filho do ministro, Francisco Zavascki, ressurgiu na internet. A publicação foi feita no dia 26 de maio de 2016 e falava sobre movimentos contrários à Operação Lava Jato, da qual o ministro era relator.
"É obvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil imaginar que não há, isto é que criminosos do pior tipo, (conforme o MPF afirma), simplesmente resolveram se submeter à lei. Acredito que a lei e as instituições vão vencer, porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, você já sabem onde procurar...! Fica o recado!", dizia a publicação de Francisco Zavascki.
Na época, após uma palestra promovida pela Fundação Getúlio Vargas, o ministro Teori admitiu à Agência Brasil a existência de ameaças à sua família, mas amenizou a gravidade delas, afirmando que não era nada sério. A Anac informou que a documentação da aeronave estava em dia com certificado válido até 2022 e inspeção de manutenção válida até abril deste ano.
A aeronave era de pequeno porte e tinha capacidade para transportar até oito pessoas. O avião saiu de São Paulo e caiu a dois quilômetros de distância da cabeceira da pista, com quatro pessoas a bordo, segundo a Forças Aérea Brasileira (FAB). A Polícia Militar, a Capitania dos Portos e o Corpo de Bombeiros atuaram no resgate.
Agora, com a confirmação da morte do ministro Teori Zavascki, a relatoria dos processos da Operação Lava Jato ficará a cargo de um novo ministro a ser indicado pelo presidente da República, Michel Temer, conforme determina o regimento interno da Suprema Corte. Outra possibilidade é haver uma redistribuição dos processos pela presidente do STF, Cármem Lúcia, para outro magistrado que já esteja numa cadeira na Corte.