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Jair Bolsonaro assume a Presidência da República hoje (1º). Já na transição, Bolsonaro definiu 22 ministérios, número inferior aos 29 do governo anterior. Os novos ministros serão nomeados hoje (1º) em cerimônia no Palácio do Planalto. As transmissões de cargo ocorrerão amanhã (2).
Veja quem são os ministros do governo de Jair Bolsonaro
Casa Civil - Onyx Lorenzoni
O deputado federal Onyx Dornelles Lorenzoni (DEM-RS) assumirá o comando da Casa Civil, um dos principais cargos do governo de Jair Bolsonaro. Antes da posse, Onyx coordenou a equipe de transição de governo. Na Casa Civil, será responsável por acompanhar, de forma integrada, as principais políticas públicas dos demais ministérios, coordenar os balanços de ações governamentais, publicar nomeações e exonerações, além de auxiliar na tomada de decisões do chefe do Executivo.
Nascido no dia 3 de outubro de 1954, Onyx Lorenzoni tem 64 anos e construiu carreira política ao longo de vários mandatos parlamentares. Deputado federal desde 2003, ele finalizou o quarto mandato na Câmara. Nestas eleições, foi reeleito com mais de 180 mil votos, sendo o segundo deputado mais votado do Rio Grande do Sul.
Oficial da reserva, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira assumirá o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). É chamado de “conselheiro” pelo presidente eleito. Augusto Heleno tem 71 anos de idade, foi comandante das tropas da Missão das Nações Unidas no Haiti de 2004 a 2005. Entre 2007 e 2009, o general exerceu a função de Comandante Militar da Amazônia. De 2011 a 2017, atuou no Comitê Olímpico do Brasil (COB).
O economista Paulo Guedes, que acompanhou Bolsonaro durante a campanha, ocupará o Ministério da Economia (unindo Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio). O superministro será responsável pelas principais medidas do governo, como corte de gastos públicos. Carioca, Guedes tem 69 anos, é formado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com mestrado pela Universidade de Chicago. É conhecido no meio acadêmico, tendo lecionado na PUC-Rio e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi um dos fundadores, em 1983, do Banco Pactual.
Também foi sócio-fundador e diretor executivo da JGP Gestão de Recursos, onde era um dos responsáveis pela supervisão da gestão do Fundo JGP Hedge e pela estratégia das operações. Tornou-se membro do conselho diretor da PDG Realty Empreendimentos e Participações, da Abril Educação e da Localiza Rent a Car. Ajudou a fundar o Instituto Millenium, um centro de pensamento econômico, e também foi sócio-fundador do grupo financeiro BR Investimentos, que se tornaria parte da Bozano Investimento.
O juiz federal Sergio Moro, que era responsável pela Operação Lava Jato, assumirá o Ministério da Justiça (fusão com a Secretaria de Segurança Pública e Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf). Moro tornou-se uma referência internacional no combate à corrupção e o mais popular homem público do país, começou a ser conhecido quando assumiu, há mais de quatro anos, a condução da Operação Lava Jato, apontada pelo Ministério Público Federal como o maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil.
Decisões do juiz levaram à prisão, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de empresários e diretores de grandes corporações brasileiras, como a Petrobras e a Odebrecht, políticos e parlamentares. Moro é natural de Maringá (PR), formou-se pela Universidade Estadual do Paraná, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná. Para ingressar no governo Bolsonaro, Moro deixou para trás 22 anos de magistratura.
Astronauta e próximo a Bolsonaro, Marcos Pontes ficará à frente do Ministério de Ciência e Tecnologia. Ele representará a Aeronáutica no governo. Oficial da reserva, ficou conhecido por ter sido o primeiro astronauta brasileiro, enviado para o espaço, em 2006, em uma parceria do governo brasileiro com a Nasa, a agência espacial norte-americana.
Deputada federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul, a engenheira agrônoma e empresária do agronegócios Tereza Cristina será a futura ministra da Agricultura. Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB). Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país.
O general Fernando Azevedo e Silva é militar da reserva e atuou como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Azevedo e Silva foi chefe do Estado Maior do Exército e comandante da Brigada Paraquedista antes de ir para a reserva. Natural do Rio de Janeiro, Azevedo e Silva foi declarado aspirante a oficial da Arma de Infantaria, em 14 de dezembro de 1976. Foi comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista (de 2007 a 2009); comandante do Centro de Capacitação Física do Exército (2009 a 2011); diretor do Departamento de Desporto Militar e presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil do Ministério da Defesa (2012). Foi presidente da Autoridade Olímpica (de 2013 a 2015) e comandante militar do Leste, no Rio de Janeiro, em 2016. Integrou, como atleta, as equipes das Forças Armadas de Voleibol e de Paraquedismo. Disputou os campeonatos Brasileiro (infantil e juvenil), os Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs), o Mundial Militar do Conselho Internacional do Desporto Militar, entre outros.
Diplomata há 29 anos, Ernesto Fraga Araújo, estava como diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty, e agora será o próximo chanceler do país. Ernesto Araújo, de 51 anos, nasceu em Porto Alegre e é formado em Letras. Mais recentemente, o diplomata serviu na Alemanha, no Canadá e nos Estados Unidos. Atuou como subchefe de gabinete do então chanceler Mauro Vieira, de 2015 a 2016. Trabalhou nas áreas de integração regional, Mercosul, União Europeia e negociações extra-regionais.
É autor de trabalhos sobre o Mercosul e negociações extra-regionais. É casado e tem uma filha de 12 anos.
O economista Roberto Campos Neto, de 49 anos, vai comandar o Banco Central. Executivo do banco Santander e neto do ex-ministro Roberto Campos, Campos Neto substituirá Ilan Goldfajn, que não aceitou o convite para permanecer no cargo. Formado em economia, com especialização em finanças, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Campos Neto tem 49 anos.
Entre 1996 e 1999, ele trabalhou no Banco Bozano Simonsen, onde ocupou os cargos de operador de Derivativos de Juros e Câmbio, operador de Dívida Externa, operador da área de Bolsa de Valores e executivo da Área de Renda Fixa Internacional. De 2000 a 2003, trabalhou como chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil. Em 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas. Ingressou no Santander Brasil em 2005 como operador e, em 2006, foi chefe do setor de Trading. Em 2010, passou a ser responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional e Internacional.
Para assumir o cargo de presidente do Banco Central, Campos Neto precisa ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ter seu nome aprovado. O plenário da Casa também precisa referendar a indicação. O cargo de presidente do Banco Central tem status de ministro.
Servidor de carreira e ex-capitão do Exército, Wagner de Campos Rosário vai continuar no cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), que ocupa desde maio de 2017. Natural de Juiz de Fora (MG), Wagner Rosário tem 43 anos e é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Graduado em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras e mestre em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, também já atuou como Oficial do Exército. Rosário é o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da pasta.
Ortopedista pediátrico, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), de 53 anos, vai assumir o Ministério da Saúde a partir de janeiro de 2019.
Formado pela Universidade Gama Filho (UGF) com especialização na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e na Fellow da Emory University, em Atlanta (EUA), Mandetta iniciou a vida pública como secretário de Saúde do município de Campo Grande (MS) em 2005. Foi eleito deputado federal em 2010 e em 2014. No ano passado, não disputou as eleições. A escolha de Mandetta foi anunciada por Jair Bolsonaro pelo Twitter em 20 de novembro passado e teve apoio da bancada de parlamentares ligada à saúde.
Advogado da União desde 2000 e com pós-graduação em Governança Global, André Luiz de Almeida Mendonça vai assumir a Advocacia-Geral da União. Com pós-graduação em Governança Global, Mendonça é advogado da União desde 2000 e foi procurador seccional da União em Londrina. Ele também coordenou a área disciplinar da Corregedoria da AGU.
O advogado Gustavo Bebianno será o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Presidente do PSL durante a campanha eleitoral, Bebianno adiantou que a principal atividade de sua pasta será a modernização e a desburocratização do Estado. Ele fará do núcleo mais próximo do presidente.
Filósofo é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Ricardo Vélez Rodríguez assumirá o Ministério da Educação. Ricardo Vélez Rodríguez nasceu em Bogotá, tem 75 anos, e graduou-se em Filosofia e Teologia. Veio para o Brasil fazer pós-graduação nos anos 1970, sempre na área de Filosofia, obtendo o título de mestre e depois de doutor por universidades do Rio de Janeiro. Ricardo Vélez Rodríguez é autor de diversos livros, tendo dedicado sua carreira à docência universitária e à pesquisa. Chegou a ser Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade de Medellín, entre 1975 e 1978, quando retornou brevemente à Colômbia. Desde 1979, fixou residência no Brasil e deu aulas em universidades do Rio de Janeiro, Londrina e Juiz de Fora, tendo participado da criação de cursos de pós-graduação em Pensamento Político Brasileiro.
O general-de-divisão será novo secretário de governo. O órgão tem status de ministério. A principal missão de Cruz será a articulação com o Congresso Nacional e com partidos políticos e o diálogo com estados e municípios.
Ele ocupou a Secretaria de Segurança Pública durante o governo do presidente Michel Temer (MDB) entre 2017 e 2018. Nascido em Rio Grande (RS), em junho de 1952, o general formado na Academia Militar das Agulhas Negras (Resende/ RJ), comandou as tropas da ONU na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti entre 2007 e 2009. Cruz também fez parte do grupo de conselheiros da ONU para a revisão do reembolso aos países contribuintes de tropas em missões de paz. Em 2012, assumiu a chefia de assuntos militares da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Em 2013, foi comandante das tropas na Missão das Nações Unidas para a Estabilização da República Democrática do Congo (Monusco).
Tarcísio Gomes de Freitas irá assumir o Ministério da Infraestrutura, que vai abranger os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário. Tarcísio Gomes de Freitas foi nomeado diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura Transporte (DNIT) em meados de 2011. Gomes de Freitas iniciou a carreira no Exército, mas acabou ingressando, por concurso, no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É formado em Engenharia Civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.
Atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto vai assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta deve agregar as atuais atribuições dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades, além de assumir programas importantes como Minha Casa Minha Vida, de habitação, e ações relacionadas a obras contra a seca e infraestrutura hídrica.
Ex-ministro do Desenvolvimento Social no governo Temer, Osmar Terra vai assumir o Ministério da Cidadania, que vai fundir as atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça. A pasta será responsável por programas como o Bolsa Família. Terra foi ministro de Michel Temer no Desenvolvimento Social e deixou o cargo em abril para concorrer à reeleição na Câmara. O nome dele é uma indicação de diversas frentes parlamentares que atuam no Congresso Nacional, como a da assistência social, de pessoas com deficiência, idosos e doenças raras.
O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL) será o ministro do Turismo. Ele está no segundo mandato e foi o deputado mais votado de Minas Gerais nas últimas eleições, com mais de 230 mil votos. Ele integra a frente parlamentar evangélica no Congresso.
O almirante-de-esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior assumirá o Ministério de Minas e Energia. Ele estava atuando como diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha.
Nascido no Rio de Janeiro, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior começou a carreira na Marinha em 1973. Foi comandante em chefe da Esquadra, chefe de gabinete do Comando da Marinha e comandante da Força de Submarinos Brasileira. No exterior, o almirante atuou como observador militar das forças de paz das Nações Unidas em Sarajevo, na Bósnia-Herzegovina.
A advogada Damares Alves assumirá o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Assessora do senador Magno Malta (PR-ES), Damares comandará a pasta que será criada no governo de Jair Bolsonaro, a partir de janeiro. O novo ministério também vai agregar a Fundação Nacional do Índio (Funai). Ele tem o apoio de setores evangélicos e terá como prioridade políticas públicas para mulheres.
Advogado e administrador, Ricardo de Aquino Salles foi secretário particular de Alckmin entre 2013 e 2014 e secretário de Meio Ambiente de São Paulo dee 2016 a 2017.
Em 2006, participou da fundação do Movimento Endireita Brasil (MEB), juntamente com quatro amigos. A entidade ficou conhecida por criar o Dia da Liberdade de Impostos em São Paulo, em 2010, evento que ocorre no mês de maio. É formado em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cursou pós-graduação nas universidades de Coimbra e de Lisboa, além de ter especialização em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas.