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Adriano Rocha Lima: "Se for para termos um rótulo, que seja o de seres humanos"

Em uma postura de reforço das políticas institucionais do Governo de Goiás, o secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, diz que o Estado deve ser acolhedor dos refugiados.

"Se for para termos um rótulo, que seja o de seres humanos", disse durante inauguração da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, na UFG.

Adriano é um gestor afinado com o discurso humanista do governador Ronaldo Caiado, a quem representou na solenidade virtual realizada na última sexta-feira, 5, para mostrar a posição do estado diante do tema de direito internacional público.

O programa da UFG foi feito em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

A cátedra se organiza em forma de rede tendo como meta a inclusão de pessoas em situação de refúgio.

A comunidade universitária trabalha com foco na educação, pesquisa e eventos de extensão.

No imaginário político institucional do país e de algumas nações, Goiás tem ganhado cada vez mais pontos como referência de acolhimento.

O Estado foi rota de imigração internacional para libaneses, palestinos, japoneses e italianos nas décadas de entrada do século passado.

Mais recentemente o Estado tornou-se ponto de chegada para imigrantes da África, haitianos e venezuelanos.

Sem distinção

Há um ano Goiás recebeu os brasileiros repatriados com suspeita de covid-19, que chegaram de Wuhan, na China, numa demonstração de respeito a acolhida.

O fato foi noticiado nacionalmente como exemplo de acolhida e política pública humanitária.

Um dos exemplos mais emblemáticos de tratamento igualitário entre brasileiros está no Entorno do Distrito Federal, em que cidades como Águas Lindas, na verdade, comportam mais de 90% de moradores advindos de outros estados.

Diante das urgências de garantia da liberdade e da vida, o governador Ronaldo Caiado tem reiterado que importa, de fato, o ser humano e não a origem.

Em recente conflito com o DF, por exemplo, o governador goiano respondeu a uma ameaça de que o Governo do Distrito Federal (GDF), plantado dentro de Goiás, não aceitaria a entrada de goianos e demais moradores naquela localidade federal enquanto o sistema de saúde estivesse em colapso.

Caiado disse que os hospitais do Entorno, localizados em cidades goianas, não questionam a origem, mesmo que muitos dos atendidos tenham residência no DF.

UFG

No evento da UFG, Adriano lembrou que o mundo vive um momento de muita dor por causa da pandemia e reiterou a necessidade de que alguns princípios de fraternidade sejam colocados em prática: "Nossa humanidade só caminhará melhor se nós pudermos ouvir o outro e superar as nossas divergências, em prol de uma melhor sociedade. Então, quando falamos de refugiados, nós estamos colocando à tona essa característica de ser humano e colocando em evidência a característica da solidariedade do povo goiano".

“Gostaria de ressaltar algumas falas ditas aqui, especialmente a do secretário Adriano, que ressalta a importância de ser humano. E ser humano é respeitar o próximo, seja ele de qualquer nacionalidade. Então, nós precisamos tratar e dar dignidade às pessoas", completou o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira, durante o debate de lançamento da Cátedra Sérgio Vieira de Mello.

José Egas, representante da Acnur Brasil, explicou a importância para a atuação da agência da ONU em Goiás: "A Cátedra Sérgio de Mello, em seus mais de 16 anos de existência, tem se tornado uma referência no tema e um espaço privilegiado de criação e difusão de conhecimento que impacta a vida de solicitantes da condição de refúgio no Brasil".

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