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POLÍTICA

Técnicos e profissionais de Saúde dão razão para Caiado e refutam gestão de Marconi

Técnicos da área de saúde e de gestão em saúde já indicaram que as críticas de Marconi Perillo (PSDB) à gestão de Ronaldo Caiado (União Brasil) não tem razoabilidade e fundamentos, sendo, portanto, mais apontamentos eleitoreiros - o tucano é pré-candidato e tenta se inserir nos debates públicos sobre diversos assuntos, mesmo os que não domina.

Segundo o médico infectologista Marcelo Daher, em entrevista para programa da rádio CBN, a área de saúde apresentou mudanças significativas na gestão de Caiado que não estavam inseridas nos 20 anos de gestão do grupo político de Perillo: “Goiás tinha uma fama de ser o Estado mais centralizador nesta área no Brasil. Moro em Anápolis e lembro que outros governadores governavam só para Goiânia”.

Essa expressão "outros governadores governavam só para Goiânia" é declaratória e direta: não existia, de fato, regionalização em saúde nas gestões tucanas, cuja marca é a era da ambulancioterapia.

De acordo com Verônica Savatin, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosemsgo), as prefeituras enfrentavam dificuldades com os atrasos constantes de pagamentos e repasses das gestões tucanas.

É uma fala contundente que retrata o período do PSDB no poder e difícil de ser refutada, já que os repasses estão documentados pelos prefeitos.

“Municípios com 5 mil habitantes e que têm hospitais municipais não tinham como manter profissionais para trabalhar. A rede de urgência de Goiás era concentrada na região Metropolitana. Levar o atendimento de saúde para mais próximo da população, além de acrescentar qualidade de vida, desonera os cofres públicos dos municípios, reorganiza diárias de motoristas e as despesas de pacientes. As pessoas aderem mais ao tratamento de saúde quando está mais perto delas”, disse.

É inegável que a formação médica de Ronaldo Caiado deixa pouca margem para Marconi, político sem conhecimento sobre o assunto, com pouca ou nenhuma conclusão inovadora ou apontamento que faça a sociedade pensar diferente, realizar uma crítica que não seja mais do que crítica política. Neste ponto, o político - para vencer o discurso técnico e profissional - teria que ter indicadores de saúde ( temáticas centrais dos estudos de saúde pública) melhores e adequados à realidade.

Não se discute que Marconi tenha avançado em outras áreas da saúde, mas pelo tempo no poder, duas décadas, é muito pouco - Henrique Santillo, por exemplo, fez mais do que Perillo com apenas quatro anos de governo e com o inferno astral do césio 137, oposição de Iris Rezende e do presidente José Sarney.

Caiado tem mostrado que aumentou o número de leitos de UTI, número de hospitais públicos e policlínicas nos municípios. E tudo isso em plena pandemia. Como contestar?

No debate da saúde, pelo visto, o ex-governador não tem razão.

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