Advogado explica como fica a situação de 1,8 milhão de brasileiros que aguardam na fila INSS

O tempo de espera pela aposentadoria aumentou no Brasil. Cerca de 1,8 milhão de brasileiros aguardam análises de requerimentos represados na fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o país. Metade desses processos estão com atraso nos prazos.

O advogado especialista em direito previdenciário, Jairo Neto, alerta que o INSS possui um prazo de até 90 dias para analisar, deferir ou indeferir o pedido de aposentadoria. “Caso o Instituto demore mais do que esse prazo, sem justificativa, o segurado pode procurar o Poder Judiciário, ajuizar uma ação solicitando uma resposta mais célere e objetiva”, orienta.

Em Goiás, são mais de 12 mil pedidos aguardando análise, como divulgou o jornal O POPULAR. Esse número disparou desde o início da pandemia de Covid-19, quando o órgão decretou medidas de restrições e interrupções no atendimento.

Para o advogado especialista, a demora na análise dos pedidos de aposentadoria, na maioria das vezes, se dá pela necessidade de avaliar toda a documentação do segurado. “É uma vida inteira de trabalho, muitas vezes, mais de 40 anos de vínculo empregatício. Em grande parte dos casos os dados estão incompletos, sendo necessário realizar complementação de documentação. Desta forma, demora ainda mais sair o resultado do pedido”, explica Jairo Neto.

Diante desse cenário de incertezas e mudanças na legislação, futuros beneficiários do INSS estão buscando serviços de consultorias com advogados especialistas. O advogado Jairo Neto, sócio do escritório Martins Neto Advogados Associados, confirma a tendência. “Vem crescendo muito a procura de pessoas para realizar o Planejamento Previdenciário, justamente para quando for requerer a aposentadoria, evitar imprevistos com a documentação e os vínculos empregatícios”, conclui o advogado.

Promessa

O novo presidente do INSS, José Carlos Oliveira, anunciou que foi desenvolvido um plano para dar celeridade aos atendimentos e acabar com a fila de espera da Previdência Social até julho de 2022. A estratégia, segundo ele, é adotar novas ferramentas eletrônicas para analisar automaticamente os pedidos. A nova estratégia vai dispensar a necessidade de um servidor na avaliação de todos os requerimentos.

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