Damares terá que explicar o porque nomeou Sara Winter para ministério
Milva Siqueira
Publicado em 25 de setembro de 2020 às 16:24 | Atualizado há 5 anos
A advocacia em direitos humanos moveu uma ação na justiça federal para obrigar o ministério da mulher da família e dos direitos humanos a explicar a nomeação da extremista de direita Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter.
De acordo com as informações ela ocupou, de abril a dezembro do ano passado a função estratégica de chefia da coordenação geral de atenção integral a gestante e Maternidade.
Sara trabalhava em um cargo de alta confiança, e recebia um salario de R$ 5.685 e era vinculada a secretaria nacional de politicas para mulheres da pasta chefiada pela pastora Damares Alves.
Na ação, o grupo sustenta que a extremista, enquanto coordenadora, saiu do país para agendas pessoais na Argentina e Uruguai, deixando o cargo sem justificar sua saída.
A extremista envolveu-se numa polêmica recente ao divulgar o nome e endereço do hospital onde uma menina de apenas 10 anos, grávida após ser estuprada pelo tio, foi submetida a um aborto legal.
Ela instigou seguidores a comparecerem ao local com o objetivo de poder impedir a interrupção da gravidez da criança na unidade de saúde.
Damares negou que Sara tenha sido a responsável pelo vazamento, em entrevista a Radio Gaúcha, ela afirmou que antes do vídeo divulgado pela extremista, dando o nome da menina e o endereço da clínica onde ela seria recebida em recife para realizar o procedimento do aborto.
Sara winter trabalhou três meses no ministério e saiu em outubro de 2019. Pelo que Sara falou, em sua defesa, o nome dessa menina estava Rolando em vários grupos de WhatsApp, ela gravou um vídeo, mas não foi Sara que vazou confirmou Damares.
O ministério questionou sobre a ação judicial que cobra explicação sobre as atividades de Sara winter e esta aguardando respostas.