Fernando Safatle diz que Rede está confortável na chapa de Zé Eliton
Diário da Manhã
Publicado em 29 de agosto de 2018 às 03:23 | Atualizado há 7 anos
O candidato a suplente de senador Fernando Netto Safatle é um dos principais dirigentes da Rede Sustentabilidade em Goiás. Ele explica por que seu partido desistiu de lançar uma chapa própria para se coligar com o PSDB e o PSB.
“Não lançar candidatura própria a governador é seguir uma orientação da Direção Nacional da Rede, que estabeleceu como prioridade primeira a eleição de Marina Silva, nossa candidata a presidente da República; e como segunda prioridade, superar a cláusula de barreira, pela qual cada partido tem que eleger pelo menos 9 deputados federais em todo o País”, explica.
Segundo Safatle, na chapa encabeçada por Zé Eliton existem muitos partidos do porte da Rede, com candidatos “do mesmo tamanho”. Ou seja, numa grande coligação de pequenos partidos, com candidatos com potencial de votos semelhantes, as chances de a Rede eleger pelo menos um deputado federal se torna bem maior. O partido está trabalhando arduamente no sentido de atingir a meta de eleger pelo menos um federal.
Para deputado estadual, porém, a Rede sai com chapa solteira. Não lhe interessa o “chapão”. No entanto, a Rede conseguiu formar uma chapa bem grande, com muitas lideranças representativas, de sorte que a possibilidade de eleger um deputado estadual também é muito grande. Inclusive, segundo Safatle, de ter alguns de seus candidatos entre os mais bem votados.
Fernando Safatle é suplente da candidata Lúcia Vânia, do PSB. “Nos sentimos muito confortáveis nesta chapa, pois, além de termos em Lúcia Vânia uma velha companheira de lutas, temos no PSB um partido irmão”, diz Safatle.
De fato, foi pelo PSB que Marina Silva disputou a eleição presidencial anterior. Seu partido, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu, à época, obter o registro em tempo hábil. Marina, então, entrou como vice de Eduardo Campos. Com a morte de Eduardo, vítima de acidente aéreo, Marina acabou sendo colocada na cabeça da chapa.
Segundo Safatle, depois das eleição, tanto Marina como várias lideranças da Rede deixaram o PSB amigavelmente, agradecidos pela acolhida, e fundaram seu próprio partido. “Mas ficou essa nossa afinidade com o PSB, tanto política como idelológica”, afirma Fernando.
Mas a amizade com Lúcia Vânia vem de longe. Fernando Safatle, economista de formação e ex-pesquisador do Ipea, foi assessor do antão senador Henrique Santillo, e com ele ajudou a fundar o PT goiano. Quando Santillo filiou-se ao nascente MDB, Safatle logo o seguiu. E quando Santillo se elegeu governador, Safatle foi seu secretário de Planejamento.
Como membro eminente do grupo santillista, ajudou a fundar o PSDB goiano. E ele lembra que, quando Santillo e Iris romperam um com o outro, Lúcia Vânia, então deputada federal, ficou solidária a Santillo. Satafle deixou o PSDB, voltou ao PT e acompanhou Marina na fundação da Rede. Mas, durante todos esses anos, ele e Lúcia Vânia tem andado em faixas paralelas, Que afinal se cruzaram. Muitos fatores convergiram para isso.
Safatle informa que Marina já gravou um vídeo pedindo votos para Lúcia Vânia. Na semana passada, ela estava em Goiás, participando de um evento em Ipameri, na Fazenda Brígida. “Nós estamos buscando ocupar todos os espaços políticos que se apresentarem afim de divulgarmos nossas propostas, nossas teses sobre a sustentabilidade, que não se restringem meramente à questão ambiental, que nos é muito cara, mas também ao desenvolvimento econômico com justiça social e à ética na política”, afirma.
Segundo Safatle, depois da eleição, tanto Marina como várias lideranças da Rede deixaram o PSB amigavelmente, agradecidos pela acolhida, e fundaram seu próprio partido”
Nós estamos buscando ocupar todos os espaços políticos que se apresentarem a fim de divulgarmos nossas propostas, nossas teses sobre a sustentabilidade, que não se restringem meramente à questão ambiental”