De acordo com cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina contra o vírus Zika não chegará ao mercado a tempo para lidar com surto da doença no Brasil e na América Latina. Essa conclusão alarmante, fez com que a organização fechasse na data de ontem, quarta-feira, 9, três dias de trabalho com cientistas de todo o mundo para que possam dar um resposta à crise.
Durante estes dias serão separados três grupos de esforços que terão como enfoque criar testes que diagnosticam a Dengue, Zika e Chikungunya, além de novas tentativas de combater o mosquito e pesquisar uma vacina que tenha foco na imunização das mulheres. Os cientistas afirmam que estão longe de obter respostas conclusivas.
Conforme divulgado pela OMS, o uso de intervenções clássicas, como o uso de inseticidas, não tem trazido resultados significativos no combate à transmissão de Dengue e que o mesmo deve ocorrer com o Zika.
Marie Paule Kieny, vice-diretora da OMS, acredita que é preciso investir em instrumentos que funcionem e assim como os uso de inseticidas não barraram a proliferação da Dengue, não adiantará contra o Zika. A vice-diretora afirma que é preciso realizar um método de combate a longo prazo e deve ser continuado.
Dos novos métodos estudados pela organização um deles pauta a redução de mosquitos através do uso de bactérias que infectem a população dos insetos, outra forma de pesquisa é a irradiação dos mosquitos, estratégia que torna os insetos inférteis.
Está prevista uma nova reunião da entidade para a próxima semana, para avaliar as novas metodologias de combate ao mosquito.
Atualmente existem 60 companhias que se empenham para encontrar soluções para o vírus Zika. 31 instrumentos de diagnóstico então sendo pesquisados e 18 vacinas diferentes estão sendo testadas, além de 8 produtos de terapia e 10 instrumentos que visam o controle do vetor.
Os especialistas convocados pela OMS, apontam que mesmo que as vacinas tenham o desenvolvimento como prioridade, não estará pronta para uso no atual surto.
A principal meta é criar um produto que seja eficaz na imunização das mulheres, uma vez que o vírus pode ter impacto direto em gestantes.
Estimasse que a vacina só chegará ao mercado em três anos.