O vereador Elias Vaz (PSB), relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde em Goiânia, anunciou nesta segunda-feira, 30, que suspeita que hospitais particulares estejam fazendo uma pré-seleção de vagas de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com problemas de saúde menos graves devido ao custo que casos mais sérios demandam para as unidades.
Devido à situação, o parlamentar explica que a CEI aprovou a convocação de todos os proprietários dos hospitais da iniciativa privada para prestar esclarecimentos sobre a suspeita levantada durante as apurações. Ainda não há uma data definida para os depoimentos.
Além disso, o político afirma que a prefeitura também age de forma omissiva, uma vez que é responsável por liberar vagas via Central de Regulação. Para Vaz, existem dois aspectos a serem esclarecidos durante a apuração.
O primeiro “é a falta de controle por parte da prefeitura na questão da contratação dos serviços” e o segundo é “sobre a suspeita de ter vaga no sistema, mas estar havendo uma seleção de pacientes. Aquele paciente que está mais grave e tem maior despesa é preterido dessa vaga. Aquele que der menos lucro está condenado à morte", afirmou durante entrevista à TV Anhanguera.
Através de nota, a assessoria da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) informou que “o encaminhamento de pacientes do (SUS) aos hospitais associados credenciados é feito por meio da Central de Regulação e deve seguir critérios exclusivamente técnicos, verificando, por exemplo, o quadro do paciente e o perfil de atendimento” de casa unidade de saúde.
Também por nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) explicou que “apura os dados” apresentados pela CEI e ressaltou que o órgão já implantou uma “comissão para percorrer duas vezes os leitos de UTI de Goiânia”.
A Comissão foi implementada para avaliar o atendimento prestado nas unidades de saúde, vistoriar e analisar os contratos de prestadores de serviços, como hospitais e laboratórios, assim como o fiscalizar o fornecimento de insumos e medicamentos nos hospitais da capital.
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