O Ministério da Agricultura retirou do mercado 800 mil litros de azeite de oliva impróprio para o consumo, na terça-feira (28/11). A fraude envolve 64 marcas e 84 empresas brasileiras.
No período de abril a novembro de 2017 foram fiscalizadas 76 marcas comercializadas e realizadas 240 ações fiscais em todo o país, informou a coordenadora geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), Fátima Parizzi.
Foram auditadas empresas envasilhadoras, o comércio atacadista e varejista e foram confirmados a presença de azeite lampante (não refinado) e outros óleos, como a soja, não permitidos pela legislação, além de erros de informação nos rótulos.
A comercialização foi suspensa e os produtos retirados do mercado, além das medidas punitivas. As informações sobre as empresas fraudadoras foram repassadas aos Ministérios Públicos Estaduais e também ao Federal, para os trâmites adequados.
A auditora diz para os consumidores ficarem alertas sobre a origem do azeite, porque praticamente 100% das marcas envasilhadas no Brasil apresentaram problemas, enquanto que são importadas já envasilhadas tem mais índices de conformidade.
De acordo com ela, muitos azeites de oliva são vendidos como puros, mas contém “óleo misto ou composto, temperos e molhos” e essas informações normalmente vem escritas em letras pequenas no rótulo.
Lista dos azeites reprovados nos testes:
Aldeia da Serra
Andaluzia
Anna
Barcelona
Casablanca
Castelo Real
Chef Ávilo Clássico
Conde de Torres
Do Chefe
Dom Gameiro
Donana Premium
Don Léon
Faisão Real
Faisão Real Gourmet
Figueira da Foz
Imperatore
La Española (lote 20616)
Lisboa
Lisboa Premium
Malaguenza
Marisa
O Vira
Olivenza
Paschoeto
Pazze
Porto Valência
Pramesa
Quinta D'Aldeia
Quinta da Boa Vista
Quinta do Cais
Quinta do Fijô
Restelo
Rioliva
San Domingos
Santa Isabel
Serra de Montejunto
Temperatta
Tordesilhas
Torezani Premium
Torres de Mondego
Tradição
Vale Fértil
Vila Verona
Lista das marcas aprovadas nos testes do Mapa:
Andorinha
Báltico
Beirão
Belo Porto
Bom Dia
Borges
Borges Clássico
Carbonell
Castelo
Coccinero
D'Aguirre
De Cecco
Dia %
EA
Felippo Berio
Gallo
Great Value
Herdade do Esporão
La Española
La Violeteira
Maria
Monde
Monini
Nova Oliva
Olitalia
O-Live
Oliveira da Serra Clássico
Serrata
TAEQ
Terrano
Verde Louro – Arbosana
Verdemar
Y Barra
A administração da Natural Alimentos, enviou uma nota para o portal do Diário da Manhã, sobre o assunto. Veja na íntegra o posicionamento da marca:
Desde fevereiro deste ano a Natural Alimentos não comercializa o azeite de oliva Extra Virgem, Virgem e tipo Único Lisboa. Essa decisão foi tomada pela empresa, por distorções de qualidade nos produtos importados. Atualmente são envasados pela Natural Alimentos óleos mistos e temperos a base de azeite de oliva saborizados, estritamente, adequados à legislação brasileira e, portanto, com produtos de qualidade e procedência autenticas. Ressaltamos que a Natural Alimentos foi a primeira empresa autorizada pela ANVISA a fabricar e comercializar óleo misto e temperos saborizados. Em respeito aos trabalhos realizados por vocês e aos nossos consumidores, esclarecemos que a Natural Alimentos cumpre restritamente a legislação brasileira em todos os aspectos em que atua. Somos uma empresa Brasileira de 12 anos, possuímos mais de 150 colaboradores (diretos e indiretos). O nosso time de profissionais incluindo engenheiros e técnicos em alimentos, administradores, gestores em saúde alimentar, especialistas em tecnologia e produção, trabalha com a missão de produzir produtos de alta qualidade e facilitar a vida do consumidor.
A administração da empresa Olivenza, também enviou uma nota para o Diário da Manhã, confira:
Nós da OLIVENZA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS LTDA estamos à disposição para análises necessárias dos órgãos competentes de avaliação dos produtos, afinal, primamos pela qualidade atendendo sempre os requisitos exigidos. Em direito de resposta, informamos que o laudo do azeite extravirgem da marca Olivenza - lote 16D18, apresentado pela ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, publicado em 31 de março de 2017, causa indignação, pois a empresa foi cerceada da contraprova, uma vez que no momento da abertura dos produtos para o ensaio estava rompida e violada amostra, impossibilitando a perícia. Conclui-se, portanto, que a Olivenza está isenta de qualquer irregularidade não resolvida, já que o ocorrido independe da mesma tornando-se injusta alegações desta natureza. Em todo caso, as providências necessárias estão sendo tomadas e estamos abertos para demais esclarecimentos.