Sem sombra de dúvidas o mundo todo está passando por um dos momentos mais turbulentos, angustiantes e desafiadores da história. Como temos testemunhado, a pandemia do coronavírus além de uma ameaça viral, se caracteriza também como uma ameaça preocupante em doenças mentais como a ansiedade e síndrome do pânico. Pensando nisso, o psicólogo e escritor Alexandre Bez fala sobre a “Ansiedade Especialmente Pandêmica”.
O universo da ansiedade, assim bem como as suas manifestações devassamente expressivas nunca é fácil, em decorrência das adversidades negativas que seus sintomas provocam. A mente humana possui um limite bem tênue de suportar a ansiedade, sem que haja algum comprometimento migrando a classificação de transtorno, ante só manifestações isoladas.
Segundo o psicólogo “A ansiedade é uma “patologia mental” incurável, mas controlável. No entanto, ela está diretamente relacionada aos nossos eventual futuros, e nunca estacionada no presente. Essa pandemia do Coronavírus, não está apenas restrita no âmbito físico, mas no geral, inclusive desenvolvendo um tipo de ansiedade especificamente pandêmica, ansiedade essa, podendo somente ser associada as grandes Guerras Mundiais”.
A diferença entre os enfrentamentos das guerras e de uma pandemia é o inimigo oculto. Não é possível sabermos por onde o vírus está circulando e quem o tem. Essa prerrogativa forma toda a base da “ansiedade especificamente pandêmica”, pois não há certezas de quando essa onda de infecções irá diminuir ou cessar por completo.
“A sensação do “não saber” nada e do aumento diário da incerteza, só piora a onda pandêmica da ansiedade, uma vez que ela é específica em sua Gênesis. Não obstante, ela consegue piorar ainda mais, o quadro de quem já a possui algum transtorno psicológico. Elevando consideravelmente os níveis de manifestações ansiosas”, explica Alexandre.
É um preocupar constante que não vê uma saída plausível em um curto espaço de tempo. Uma preocupação consciente-externa, que consiste numa outra diferenciação da ansiedade, provocada por motivos inconscientes, ou pela data do evento próximo, como: casamento, entrevista de emprego, prova da faculdade etc. Há uma pergunta que o cérebro faz a nós mesmos, “e se”, e a partir dessa indagação a própria equação é resolvida pela nossa mente, sempre se adequando ao momento em que estamos vivendo.