Alunos e professores do curso de Terapia Ocupacional de uma universidade em Sorocaba (SP) estão oferecendo sessões de terapia online e gratuitas, abertas para o público durante a pandemia do coronavírus. Os atendimentos virtuais não eram permitidos pelo Conselho Federal de Terapia Ocupacional, porém, diante da situação, o conselho abriu uma exceção.
Segundo a coordenadora do curso, Soraya Diniz, as pessoas recebem um link que direciona a um formulário que deve ser preenchido com nome e telefone. Feito isso, o interessado deve aguardar o contato para agendar a primeira sessão.
A terapeuta ocupacional e professora do curso, Ana Carolina Cómitre, afirmou que os atendimentos são voltados principalmente a quem está sofrendo com as mudanças causadas pela pandemia. Segundo a professora, a ideia foi abrir o atendimento virtual para a comunidade em geral, e resultou em uma grande demanda de pessoas de até outros estados.
Ana Carolina afirma que em alguns casos as pessoas não têm internet e o único recurso da pessoa é o contato telefônico. Ela declara que mesmo nesses casos, oferece suporte emocional. Para a professora, o momento é de muitas incertezas e dúvidas, por isso, a terapia se torna fundamental para muitas pessoas, inclusive os próprios alunos.
A idade dos pacientes varia de 17 a 55 anos, e dentre eles, cerca de 68% têm entre 17 a 25 anos, segundo dados levantados pelos professores, muitos alunos estão com dificuldade ao modelo EAD, por exemplo.
Estagiários colaboram para as sessões de terapia
Segundo uma das estagiárias Julia Moron, de 23 anos, eles atendem durante os horários de estágio. Segundo ela, o apoio entre os alunos e professores colaboram para manter a qualidade nos atendimentos e se manter bem.
Uma das pacientes, Milena Alves de Lima, de 36 anos, informou que soube dos atendimentos por uma rede social e se inscreveu. "Decidi começar a fazer também para ter um auxílio para conseguir a me organizar melhor nessa quarentena", explicou.
Para ela, a terapia está sendo essencial para enfrentar os dias em quarentena. Ela que está desempregada, afirmou que a quebra da rotina é difícil e a ajuda surgiu em um bom momento.
A paciente relatou que as sessões tem duração de uma hora e é feita por videochamada através de um aplicativo com estagiários e uma professora. Ela afirmou que já recomendou as sessões para os amigos.
*Com informações do G1