O Ministério da Saúde solicitou ao Ministério da Economia reforço de R$ 5,2 bilhões para custear leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com covid-19 no Brasil. Desde o ano passado, o número de leitos financiados pelo governo federal vem caindo.
Os recursos emergenciais não estavam previstos originalmente no orçamento proposto para a pasta em 2021. O Ministério da Saúde classificou o pedido como " algo normal".
A pasta vinculou o pedido de reforço à falta de aprovação da Lei Orçamentária Anual, pendente de votação no congresso. O Ministério da Saúde promete repassar o dinheiro o mais rapidamente possível se houver a liberação por parte da Economia.
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) disse esperar que a solicitação seja bem-sucedida e acatada com urgência. " Somente assim poderemos seguir com as ações de saúde frente à emergência sanitária que enfrentamos", diz a entidade.
Além dos leitos, o dinheiro será destinado ao pagamento dos médicos e profissionais da saúde residentes contratados por prefeituras e equipes de saúde indígena, além da aquisição de testes de diagnóstico e equipamentos de proteção individual.
O Conass afirma que já alertou sobre a necessidade de o poder público manter a rede de leitos de UTI instalados ao longo do ano passado, que vem sofrendo redução mês a mês. Segundo dados da entidade, em dezembro havia 20.770 leitos em uso, mas apenas 12.003 eram financiados pelo Ministério da Saúde.
O ministério informou que o tema foi discutido em reunião mensal com representantes do Conass e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), realizada em Brasília.