Na sexta-feira (12), o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), recebeu um paciente com morte cerebral confirmada. O coração, rins, fígado e córneas do doador de 30 anos poderá ser entregue à pacientes da fila de espera.
O HGG fará a retirada do rins, fígado e córneas no próprio hospital e os órgão serão encaminhados a pacientes goianos. Já o coração, caso esteja viável será transplantado no Distrito Federal, por uma equipe médica do DF.
Claudemiro Quireze Júnior, chefe da equipe de transplante de fígado do HGG ressalta que o hospital tem se destacado como centro transplantador. Esse diferencial se dá por desempenharem duas cirurgias simultâneas, como a retirada do órgão e transplantar no receptor.
"O grande benefício de ter as duas cirurgias acontecendo de forma simultânea é que isso ajuda a reduzir o tempo de isquemia – tempo que o órgão consegue manter as atividades fora do corpo – e isso aumenta as chances de sucesso no sentido de um bom funcionamento do órgão depois do implante no receptor", afirma o chefe de transplante de fígado.
Transplante na pandemia
Mesmo com a pandemia, a cirurgia de captação de órgão pode ser realizada por não ser considerada cirurgia eletiva. Todos os doadores e receptores são submetidos ao teste da Covid-19. As unidades de saúde também ampliaram as medidas de segurança para evitar contaminação.
A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Katiúscia Freitas fala sobre o momento impar do HGG, "com a pandemia, já é mais difícil ter a doação de órgãos. Hoje conseguimos a transferência de um hospital pro outro para fazer essa captação de múltiplos órgãos, o que é ainda mais raro. Outro ponto positivo é realizar o transplante e a captação na mesma unidade, o que é um grande benefício para o receptor, já que é bem menos tempo no transporte do órgão".