A hipertensão é uma condição frequentemente assintomática e considerada principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos. Isso significa que uma parcela considerável da população está sujeita a riscos elevados que vão desde a insuficiência cardíaca, infarto e acidente vascular cerebral (AVC) até a doença renal crônica e inclusive a disfunção erétil.
De acordo com o médico urologista da Singulari Medical Team, Dr. Frederico Xavier “Qualquer doença cardiovascular tem muita relação com o mecanismo da ereção, podendo sim causar impotência”, afirma.
A cardiologista Dra. Juliana Coragem, explica que as complicações mais comuns da hipertensão arterial são a doença arterial coronária, mais conhecida como infarto em sua forma aguda. "O quadro também pode evoluir com insuficiência cardíaca, arritmias como a fibrilação atrial e até a morte súbita", afirma.
Segundo Juliana, na população idosa, a hipertensão arterial geralmente é resultante do enrijecimento progressivo e da perda da complacência das grandes artérias. "Com o envelhecimento da população, tem ocorrido o aumento da prevalência da doença, 65% da população acima dos 60 anos apresenta hipertensão arterial", afirma.
Outro grupo mais suscetível para desenvolver a hipertensão arterial são os pacientes com sobrepeso ou obesidade. "Estudos apontam para uma relação direta, contínua e quase linear entre o excesso de peso e os níveis da pressão arterial (PA)", explica Juliana.
Veja outros fatores de risco:
- Ingestão elevada de sódio (o sal);
- Sedentarismo;
- Ingestão de álcool é elevada, ou seja, acima de 6 ou mais doses de 30 g;
- Pacientes com apneia obstrutiva do sono.
Além disso, o impacto dos fatores socioeconômicos também está diretamente relacionado à doença. "Estudos demonstram que menor escolaridade, condições de habitação inadequada e baixa renda familiar são considerados como fatores de risco significativo para a hipertensão arterial", afirma Juliana.
Para o tratamento não medicamentoso, que é a mudança no estilo de vida, a orientação é que os pacientes alterem o padrão alimentar para um considerado saudável.
"Referimos a essa alimentação pela sigla DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou Abordagem Dietética para Parar a Hipertensão). Ela foi capaz de reduzir a PA e esse efeito foi atribuído ao maior consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais somados ao consumo moderado de oleaginosas e redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcares e carne vermelha, explica Juliana.
Segundo Frederico é recomendável aliar o controle do estresse, do sono e do peso a uma boa alimentação para prevenir e evitar a hipertensão arterial e, consequentemente, a impotência sexual. "Isso se conecta de forma direta a uma melhor qualidade de vida", afirma.
A atividade física também é uma arma consagrada contra a hipertensão. Segundo a professora de Educação Física e personal, Ianka Cristina Costa , a atividade física contribuí para a prevenção da doença. "Quando o corpo está realizando atividades físicas regulares á uma diminuição na frequência cardíaca e esta é uma forma mais econômica do coração trabalhar, ajudando no controle da pressão arterial", afirma.
De acordo com Ianka, as atividades físicas melhoram a frequência cardíaca e controla a pressão arterial além de melhorar o endotélio (camada que reveste o interior das artérias). "Os movimentos relaxam os vasos e facilitam a passagem de sangue. Sendo assim, a queda nos níveis de pressão é notória.
Ianka afirma que o exercício promove uma diminuição da força e do número de batimentos cardíacos, além de deixar os vasos sanguíneos periféricos mais dilatados, contribuindo para combater a hipertensão.
"Muitas pessoas ao longo do tempo praticando atividades físicas, conseguem diminuir e até parar de tomar os remédios, com atento a hipertensão somente com os exercícios", diz.
Saiba mais sobre a hipertensão no vídeo abaixo:
https://youtu.be/6O75yL1lnRc