Emoção foi o sentimento que marcou o Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos na manhã desta quinta-feira, 19. Após 65 dias internado para tratamento da Covid-19, sendo 60 na Unidade de Terapia Intensiva, Mário Genaldo Martins de Lima, 52 anos, venceu a batalha contra o vírus, recebeu alta hospitalar e pôde voltar para o aconchego da família.
Antes de deixar o hospital, Mário foi homenageado pelos colaboradores da unidade com aplausos. Os profissionais transformaram a recepção da unidade de saúde em uma passagem para se despedir do paciente, ação simboliza a vitória contra a doença. A família de Mário estava visivelmente emocionada.
Morador de São Miguel do Passa Quatro, Mário deu entrada no hospital no dia 16 de junho. Desde então, a luta contra a covid-19 foi árdua. Ele foi encaminhado para UTI e devido uma piora do quadro respiratório foi realizado o procedimento de intubação e posteriormente uma traqueostomia. Seu Mário teve um comprometimento pulmonar de 75%.
Aos poucos, após passar pelos cuidados intensivos, Mário conseguiu se recuperar e foi transferido para a enfermaria, onde permaneceu até ser liberado para voltar ao convívio com a família. De acordo com a enfermeira Herlane Vicente Vieira, toda equipe se dedicou na recuperação do paciente. “Gratidão em ver um paciente que permaneceu por 60 dias dentro da UTI passar por todo processo de melhora e reabilitação. Ver o Mário voltar para os braços da sua família, não tem valor. A alta dele é para nós uma vitória e um milagre, pois ele venceu uma batalha difícil. Gratidão por vivenciar esse momento ímpar como profissional e ser humano”, concluiu a profissional
Gratidão
No momento da alta, a família de Mário agradeceu aos profissionais do Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos e presenteou a equipe com bombons e rosas. “Toda honra e toda glória a Jesus. O meu esposo é um milagre, Deus trouxe ele de volta. Obrigada por fazerem parte deste milagre” disse Vaneli dos Anjos Rosa, esposa de Mário.
Emocionada, a psicóloga Morgana Sayonara que cuidou de Mário durante a internação, falou sobre a alta do paciente. “Confesso que segurei o choro, agora de alegria, pela alta do paciente e por todo o discurso emocionado que ouvi da família. Vai ficar gravado pra sempre na minha memória e no meu coração. Não estou aqui pra romantizar a psicologia hospitalar, mas só Deus sabe o quanto eu sou grata pela minha profissão e pelo meu trabalho que me proporciona a possibilidade de aproximar e dar suporte às pessoas em situações de crise. À família do querido Mário desejo muita saúde e vida. Ao dia de hoje, a sensação de dever cumprido”, relatou.
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