Quem já passou dias internado por conta de alguma doença sabe o quanto é difícil enfrentar esses momentos. Marli Fátima de Rosa, de 60 anos, está internada no Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) há 45 dias e descobriu uma maneira de amenizar sua rotina durante a internação. Ela confecciona tapetes de crochê, que é seu passatempo preferido. São peças que ela produz com amor e carinho, enquanto realiza o tratamento.
A paciente já presenteou duas profissionais do Hugo com as peças que produziu, a enfermeira Katianne Cerqueira e a psicóloga Mônica Benevides. Marli revela que se apegou a equipe que cuida dela e que fez verdadeiros amigos na unidade de saúde. “Aqui no Hugo todo mundo me trata com amor e carinho, por isso dedico a eles todo o meu amor e atenção. Os médicos me abraçam e falam que eu renasci”, conta.
A psicóloga Mônica, que ganhou o tapete de crochê na manhã desta terça-feira, 26, revela que foi gratificante receber o presente da paciente. “Eu fiquei muito feliz. São pequenos gestos que fazem a diferença na vida da gente. Me sinto muito gratificada em saber que ela tirou um tempo para fazer o tapete e me presentear”, afirma.
De acordo com a profissional, realizar uma atividade manual dentro da unidade de saúde melhora a autoestima do paciente. Além disso, o crochê é uma ótima ferramenta de recuperação psicológica, social e física. “O paciente ocupa a mente e se sente menos estressado e ocioso. O tempo passa mais rápido e a hospitalização se torna menos dolorosa”, explica.
Internação
Não é a primeira vez que Marli é internada no Hugo. Quando completou 60 anos, no dia 16 de junho, a paciente estava na unidade. Ela retornou ao hospital no dia 11 de setembro para tratamento de osteomielite, inflamação do osso causada por infecção. No início de outubro, a paciente foi pedida em casamento pelo marido, Alencar Inácio da Silva, de 46 anos. Os dois moram juntos em Pires do Rio há 28 anos, mas nunca tiveram uma cerimônia de casamento.
Na semana passada, com 38 dias internada no hospital, Marli sentiu por alguns minutos o calor do sol e o ar fresco no rosto. A unidade de saúde permitiu a paciente sair para área externa acompanhada da equipe multiprofissional para um banho de sol.
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