A nutricionista da Policlínica Estadual da Região Sudoeste - Quirinópolis, Suziane Ferreira Goulart, apresentou na manhã desta quinta-feira, 13, uma palestra com o tema ‘Hormônios da Felicidade: quais são e o que comer para ativá-los?’. De acordo com a profissional, a banana, o salmão, nozes e os ovos são ricos em triptofano, um aminoácido essencial ao organismo, que tem a função de produzir serotonina no cérebro, também conhecida pelo hormônio da felicidade, que contribui para a sensação de bem-estar.
Quem nunca sentiu aquela sensação de prazer instantânea ao saborear um chocolate? ‘Pode acreditar, não é lenda dizer que a alimentação pode afetar diretamente o nosso humor. E mais, muitas vezes, o bem-estar proporcionado pelos alimentos não vem apenas do sabor que agrada o paladar. Esses alimentos têm nutrientes capazes de aumentar a produção de quatro neurotransmissores: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina”, explica Suziane.
A nutricionista ressalta que os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios que auxiliam o cérebro na realização de suas funções, transmitem os impulsos nervosos e causam as sensações de prazer e bem-estar. “Existem dezenas de neurotransmissores que atuam nas diversas áreas do nosso cérebro através dos mais de 100 bilhões de neurônios que possuímos, mas os mais famosos são esses conhecidos popularmente como o quarteto da felicidade”, afirma.
Suziane destaca que a serotonina é um neurotransmissor essencial para manter funções importantes no organismo, como controlar as mudanças de humor, regular o ciclo do sono, manter a saúde mental, diminuir a ansiedade e ajudar a regular o apetite. “A deficiência de serotonina tem sido relacionada com transtornos de humor, depressão e ansiedade, assim como de insônia, mau humor, perda de memória, agressividade e transtornos alimentares”, ressalta.
Alimentos ricos em triptofano
Para contribuir para a sensação de bem-estar e felicidade, é importante incluir na dieta alguns alimentos ricos em triptofano, porém, são necessários mais estudos científicos, para determinar em que quantidade se devem consumir. Esses alimentos são: origem animal: leite de vaca e cabra, queijos, frango, vaca, porco, sardinha, ovos, salmão, frutos do mar; cereais: aveia, arroz integral, sementes de abóbora e gergelim; leguminosas: soja, amendoim, grão de bico, lentilha, ervilha, feijão; frutas: banana, abacate; oleaginosas: castanhas, amêndoas, nozes; vegetais e tubérculos: couve-flor, brócolis, batata, beterraba e ervilhas; cacau 70 a 100%.
Segundo Suziane, alguns estudos têm demonstrado que a flora intestinal pode também influenciar o comportamento e o humor, assim como no metabolismo do triptofano e da serotonina. Por esse motivo, acredita-se que o consumo de probióticos pode melhorar os níveis de serotonina e melhorar o humor e o bem-estar. “Devemos manter uma alimentação saudável sendo essencial para o bem-estar. Mas não somente isso. Atitudes como atividades físicas regulares, ter momentos de prazer e relaxamento nos levam a ter uma boa qualidade de vida e nos auxiliam a produzir e a manter bons níveis de transmissores”, destaca.
Para finalizar a atividade, a nutricionista realizou uma dinâmica com pacientes da hemodiálise. Suziane apresentou como forma de papel A4 a vida. O objetivo da dinâmica foi mostrar que as pessoas buscam felicidade, na maioria das vezes, em bens materiais e esquecem que ela está nos pequenos detalhes, não em algo material.
A profissional ressalta que a manhã foi produtiva e com ótimos resultados. ”Os pacientes de hemodiálise se entusiasmaram por ter sido um momento diferente, se identificando com a dinâmica, se colocando na situação ali apresentada, deixando eles mais à vontade para expressar e saindo um pouco fora da rotina diária de hemodiálise”, concluiu Suziane.
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