A disfagia é uma dificuldade de deglutição classificada em dois tipos: disfagia orofaríngea - uma condição que afeta a cavidade bucal e a faringe, causando dificuldade para engolir e disfagia esofágica - condição caracterizada pela dificuldade de passagem do alimento depois do processo de deglutição.
Ela pode começar desde os primeiros dias de vida, geralmente em crianças com alguma dificuldade neurológica. Os sintomas predominantes são desconforto na região da garganta, dor ou incapacidade de engolir, engasgos, tosse, regurgitação de líquidos pelo nariz, aumento do tempo para alimentação e alimento parado na boca.
“Além das condições neurológicas, a disfagia também pode ocorrer em pacientes com tumores ou traumas na região da boca e garganta. No caso da disfagia esofágica, a condição pode estar relacionada a causas orgânicas ou funcionais, como alterações anatômicas, tumor do esôfago, estenose péptica, esofagite eosinofílica, divertículo de Zenker, esclerodermia (doença inflamatória crônica), acalasia (distúrbio de motilidade esofágica), espasmo esofágico, refluxo gastroesofágico”, explica a fonoaudióloga da BabyKids Centro de Especialidades Márcia Araújo Silva.
Conforme a nutricionista clínica e esportiva Maíra Azevedo, a condição atinge de 16% a 22% da população acima de 50 anos e apresenta outros dados como:
- 20% a 40% de pacientes que sofreram AVC apresentam disfagia;
- Desses, em 55% dos casos de AVC com disfagia ocorre a aspiração (quando o alimento vai para os pulmões);
- 95% dos pacientes com doença de Parkinson são acometidos pela disfagia.
A profissional afirma que é importante descobrir a causa para fazer o tratamento correto e evitar problemas nutricionais, pois o paciente deixa de se alimentar adequadamente, ocasionando desnutrição, desidratação e emagrecimento.
“As pessoas devem procurar um fonoaudiólogo para avaliação, caso apresentem sinais como tosse após as alimentações, engasgos antes, durante ou após as refeições pneumonias repetitivas, excesso de saliva, perda de peso”, afirma a fonoaudióloga.
De acordo com Márcia, o tratamento consiste em realização de exercícios de mobilidade, tonicidade e sensibilidade oral e manobras posturais e compensatórias.
“Hoje temos várias técnicas que nos ajudam no fortalecimento muscular que é o uso de bandagens funcionais, eletroestimulação e Laserterapia. Em muitos casos pode se ver uma melhora bem significativa. Quanto antes procurar ajuda terapêutica melhor será o resultado”, ressalta.
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