A equipe de nutrição da Policlínica Estadual da Região do São Patrício – Goianésia realizou nesta sexta-feira, 4, uma palestra em alusão ao Dia Mundial da Obesidade, comemorado no dia 4 de março. A obesidade é um dos mais graves problemas de saúde. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
Segundo a nutricionista Renata de Carvalho, a obesidade é considerada um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer. “A Obesidade, como todas as doenças crônicas, tem causas profundas e complexas provenientes de fatores dietéticos, de estilo de vida, genéticos, psicológicos, socioculturais, econômicos e ambientais”, explica.
A Organização Mundial da Saúde define obesidade como o excesso de gordura corporal, em quantidade que determina prejuízos à saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Os indivíduos que possuem IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso e já podem ter alguns prejuízos com o excesso de gordura.
A nutricionista Natália Lima destaca que a Organização Mundial da Saúde identificou a obesidade infantil como um dos problemas mais graves do século XXI, no que diz respeito à saúde pública. “Mais de 42 milhões de crianças menores de 5 anos estão acima do peso no mundo (OMS). Criança obesa tem de 50% a 80% de chance de se tornar um adulto jovem obeso comparado ao risco menor de 10% em crianças com peso adequado”, revela.
Conscientização
O Dia Mundial da Obesidade incentiva soluções práticas para ajudar as pessoas a alcançar e manter um peso saudável, realizar tratamento adequado e reverter a crise da obesidade. Há muito a fazer, incluindo restringir a comercialização de alimentos e bebidas com alto teor de gorduras, açúcar e sal para crianças; tributar bebidas açucaradas e proporcionar melhor acesso a alimentos saudáveis; abrir espaço para caminhadas, ciclismo e recreação seguros nas cidades; ensinar às crianças hábitos saudáveis desde a infância.
Tratamento
O tratamento da obesidade é realizado pelos profissionais médicos, nutricionistas no qual inclui alimentação saudável com diminuição da ingestão de calorias e aumento da atividade física, podendo-se associar o uso de medicamentos quando necessário, com prescrição médica, de acordo com o quadro clínico do paciente. Em casos mais graves e refratários, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.
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