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Outubro Rosa: compartilhamento de informações, promoção de conscientização sobre o câncer de mama, visando redução da incidência e mortalidade – Foto: Secom/Prefeitura de Goiânia
O mês número dez do ano chega e com ele mais uma versão do Outubro Rosa. Criado no início dos ano 1990 para divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença, o movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque e, desde então, promovida anualmente, com o laço cor-de-rosa predominando.
Na manhã deste domingo, em Goiânia, houve programação promovida por diferentes representações, uma delas a Prefeitura, abrindo as comemorações dos 90 anos de emancipação da capital de Goiás. Destaque para o Goiânia Sempre Rosa – Guardando Você do Câncer de Mama, um alerta à importância da prevenção e conscientização, ação desenvolvida em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Contando com a presença do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), da primeira-dama Thelma Cruz, de secretários municipais, vereadores, outras autoridades, profissionais da saúde e lideranças classistas e populares, as atividades aconteceram praça Tamandaré (decorada na tonalidade rosa), setor Oeste, entre 8h e 12h, com falas, distribuição de material informativo, disponibilização de serviços de saúde, orientações, prática de exercícios físicos, caminhada a praça do Sol (estabelecida no mesmo setor), início de caminhada com as motoqueiras da Harley e apresentações culturais, inclusive show de Lana Costa.
O prefeito comentou à reportagem do Diário da Manhã Online que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com o Goiânia Sempre Rosa, “melhorou muito” o acesso das mulheres à saúde, além de conscientizá-las sobre o câncer de mama, com destaque na importância do diagnóstico precoce. Foram capacitados 74 médicos, 78 enfermeiros e 820 agentes comunitários de saúde (ACSs), que executam Estratégia Saúde da Família (ESF). “O nosso trabalho não se resume apenas às atividades de agora, outubro. É algo com duração o ano todo, pois o programa tem por foco o diagnóstico precoce. Estamos falando de política pública”, comentou.
Rogério manifestou ainda que por meio da ação iniciada em 2021, “zeramos filas de espera para exame de mamografia e biópsia” e que “hoje, Goiânia é exemplo em combate ao câncer de mama”.
Maior taxa de mortalidade entre mulheres
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos. Os dados são do Ministério da Saúde (MS), da mesma forma, as informações de que, para o Brasil, foram estimados 73,6 mil casos novos de câncer de mama em 2023, risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); e, saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
Aumento vítimas com menos de 50 anos
A recomendação é antiga, mas atualíssima: todo cuidado é pouco e vale a pena fazer prevenção. Quando das ocorrências, se torna vital enfrentar a realidade e inovar, buscando soluções. Exemplos de superação envolvendo o câncer de mama existem em todo o mundo, começando pela cidade de cada leitor.
Recente estudo conduzido por cientistas de instituições – como a Universidade Zhejiang (China), Universidade de Edimburgo e o Imperial College London (Reino Unido), Instituto Karolinska (Suécia) e a Universidade de Harvard (Estados Unidos) –, mostrou que no mundo casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos cresceram 79% entre 1990 e 2019. Os responsáveis pelo trabalho estimam que casos e mortes por câncer nesta faixa etária vão aumentar 31% e 21%, respectivamente, até 2030, sendo as vítimas na faixa dos 40 anos as mais afetadas.
O câncer de mama representou a maior parte dos casos no ano 2019, com incidência de 13,7 casos a cada 100 mil habitantes no mundo, e 3,5 mortes a cada 100 mil pessoas. Os tumores de traqueia e próstata foram os que cresceram mais rapidamente no decorrer do período analisado, em aumento anual de 2,28% e 2,23%. Em agosto, o DM publicou reportagem focando desafios pertinentes ao câncer de mama em mulheres jovens.
